Postado por : ShadZ Mar 27, 2020

O grande momento de Jeff


Era chegado o dia do contest de Slateport. O evento havia sido adiado por alguns dias após o incidente com a Team Aqua no museu oceânico da cidade, o que havia sido bom para Ruby no fim das contas. Afinal, o garoto ganhou alguns dias a mais para definir suas estratégias e ensaiar com seu Treecko para que dessa vez a fita de vencedor não escapasse.

Sim, desta vez a vitória seria dele, era o que pensava. Ao ficar em terceiro lugar no contest de Rustboro, logo o primeiro em que competiu, Ruby era um dos novatos que atraíram a atenção dos entusiastas e dos especialistas como um nome promissor para aquela temporada.

O garoto se levantou o mais cedo que podia, já se arrumando para o dia movimentado que viria. Após sair do banho, como sempre com a toalha enrolada na cabeça, ele espalhava uma quantidade absurda de vapor pelo quarto, o que só não acordava Sapphire porque o sono da garota era pesado como o de ninguém mais que conhecera na vida.

Ao passar pelo criado mudo que separava as camas viu novamente o bilhete deixado por Miriam antes de se separar da equipe. Ainda mantinha guardado um sentimento de culpa por ter permitido que aquilo acontecesse, mas também não tinha mais tanta confiança em deixar que viajasse junto com ele alguém que por tanto tempo fingiu ser outra pessoa. E sabia que Sapphire se sentia do mesmo jeito.

Já estava terminando seu café da manhã quando sua companheira de viagem desceu para o refeitório. Parecia acabada como quem não havia dormido direito. Seu rosto inchado, especialmente em torno dos olhos azuis da menina, deixava fácil entender o motivo. Quando ela se sentou, encostou a testa na mesa sem ao menos encarar o garoto.

— Eu chorei a noite inteira — disse, sem acrescentar mais nada.

— É, eu ouvi — Ruby não sabia ao certo o que dizer em resposta, achou melhor controlar a situação apenas se limitando a terminar de comer sua torrada.

— Eu acho estranho isso. Mesmo sabendo que a Miriam escondeu tanta coisa de nós, como eu ainda consigo ficar incomodada por ela não estar mais com a gente?

— É porque apesar dela ter mentido você deve sentir que ela não é uma pessoa ruim. Isso faz parte. Mas não fomos nós que a expulsamos. Pode ter sido motivada pelo ambiente que ficou depois de contar a verdade, mas ela saiu por conta própria. O que a gente pode fazer agora é seguir nosso caminho e torcer pra que algum dia a gente a encontre de novo e consiga resolver tudo.

Ruby virou sua xícara de café, o que pareceu um simbolismo para encerrar aquele assunto pelo menos por enquanto. Sapphire não parecia ter fome, o que era algo muito estranho considerando que ela era vista com frequência comendo alguma coisa, nem que fosse apenas uma fruta. O garoto imaginou que aquela falta de apetite era um sintoma da tristeza de sua amiga, mas mudou o tópico da conversa porque aquele assunto o deixava desconfortável.

— Hoje é um dia crucial para a minha carreira de coordenador. Não conseguir a fita aqui em Slateport deixará minha situação ainda mais complicada a respeito de me classificar pro Grande Festival. Sei que isso vai soar grosseiro, mas eu tenho que deixar a Miriam de lado por ora. Espero que não fique chateada.

— Não, eu entendo — disse Sapphire, que logo em seguida respirou fundo procurando se recompor. — Eu também tenho que esquecer um pouco isso. Hoje vamos resolver esse contest. Você pega a sua fita, amanhã eu treino um pouco pela manhã e nós vamos direto para Mauville!

— Concordo. Afinal, de Slateport até Mauville não vai ser longe. Eu li em um guia sobre Hoenn que foi construída uma pista de ciclismo conectando aqui e lá. Nós podemos alugar bicicletas e chegar lá antes do anoitecer.

— Nossa, eu tinha me esquecido disso! E o aluguel das bicicletas é barato. Ruby, eu não sei o que seria de mim sem um nerd como você pra ficar lendo os guias. Eu ia fazer tudo do jeito mais difícil.

— Fico feliz em ser útil, apesar de ainda não saber se ser “nerd” na sua visão é algo positivo ou negativo — o garoto riu. Dessa vez não se sentiu ofendido, mas pelo contrário estava aliviado ao ver que sua amiga estava voltando ao seu humor habitual.

Sapphire se levantou para ir pegar alguma coisa para comer. Ruby ficou observando a menina caminhar para o balcão do refeitório novamente cheia de energia. Agora que ela estava com a cabeça distraída novamente, o garoto enfim pôde voltar seu foco para a competição da qual participaria algumas horas depois.

Passado o café da manhã os dois se dirigiram ao Contest Hall da cidade. Ali no saguão era onde a dupla teria que se separar, já que ela iria para as arquibancadas e ele para a entrada da sala dos competidores. Ruby foi pego de surpresa quando viu Sapphire erguer o punho para ele.

— Vai lá que hoje é a sua vez! — ela disse com o braço na mesma posição, esperando que o coordenador retribuísse o cumprimento.

— Dessa vez não vai ter erro, eu prometo — Ruby então encostou o seu punho de leve no de Sapphire selando a promessa que sabia que podia cumprir, pois sentia que seu time agora estava mais preparado do que da última vez.

Já sozinho Ruby seguiu para dentro da sala para poder se preparar para a sua apresentação. Não demorou muito para que encontrasse Wally, seu velho amigo de infância que agora também era um rival nas competições.

— Ei, como vai? — o garoto acenou discretamente para não chamar atenção.

— Wally, tudo bem? — Ruby achava engraçada a timidez exagerada do amigo, mas não tocava no assunto para não o deixar ainda mais constrangido. — Espero que tenha praticado bastante, porque hoje eu não vou aliviar pra você.

— Como se você tivesse aliviado da última vez, sua apresentação em Rustboro foi ótima! Mas dessa vez eu tenho vantagem, porque esse contest vai ser focado em batalhas e eu já tenho duas insígnias.

Só então Ruby se lembrou que Wally estava cumprindo a busca por insígnias da Liga Pokémon de forma paralela aos eventos como coordenador. Mas não foi o suficiente para que abalasse sua confiança. Sabia que seu Treecko era forte o bastante para enfrentar quem viesse pela frente, e dessa vez ele estava satisfeito porque poderia enfim participar de combates.

Wally olhava de um lado a outro da sala. Sua expressão era confusa, como quem procurava por algo ou alguém.

— O que foi? — Ruby perguntou ao notar a inquietude do amigo.

— Aquela garota que competiu com a gente em Rustboro, a Emily, não está aqui.

— Mas hoje não é o dia dela — Ruby falou com naturalidade, até perceber que Wally não havia entendido nada. — Ela venceu o contest em Rustboro, então ela avançou para a categoria de nível um, onde vai disputar com outros coordenadores que possuem uma fita. Nós ainda não temos fitas, então permanecemos na categoria de acesso.

— Ah, eu não sabia que era separado desse jeito.

— Francamente, Wally — Ruby deu um suspiro. — Isso serve para tornar as competições mais niveladas e dar a oportunidade de vários coordenadores coletarem fitas suficientes para se classificar para o Grande Festival. Você deveria tirar um tempo para ler o regulamento oficial.

O garoto riu enquanto esfregava a cabeça. Outras pessoas reagiriam de forma negativa ao que Ruby havia dito, mas ele já estava acostumado. Wally sabia que seu amigo não era assim por maldade, apenas por ser alguém com pouca paciência sobrando.

— Você sabe que eu não sou muito atento a detalhes. A Eliza era sua irmã, então quem herdou o talento para ser coordenador foi você.

Ruby não disse nada. Parecia estar observando o movimento na sala dos competidores, mas seu olhar era vago. Wally logo percebeu que havia tocado em um assunto complexo e tratou de desviar o foco da conversa.

— Estou ansioso para ver o que você tem guardado para a apresentação de hoje.

A chamada para que os participantes fossem ao palco foi feita. Todos se dirigiram ao local onde seriam apresentados. Sob aplausos do público os coordenadores entraram e se organizaram em algumas filas de frente para a mesa dos jurados. Sentados à mesa e já apresentados ao público estavam Glacia e Frederick, como da última vez, e agora acompanhados por Lisia, que também seria responsável por avaliar as apresentações daquele dia. Ruby sentiu a ansiedade espetar seu peito por um breve instante ao ver uma das coordenadoras que o inspirou a seguir esse caminho. Não queria fazer feio na frente dela.

— Hoje vamos avaliar a capacidade dos coordenadores de comandar seus Pokémons em batalha ao mesmo tempo em que coordenam movimentos mais condizentes com o estilo de seus companheiros. Um coordenador deve saber mostrar força, mas sem perder a essência de seus parceiros de batalha! — a introdução de Frederick levantou aplausos do público.

— Vocês serão testados em uma batalha simples — completou Glacia. — Ao contrário do que muitos pensam, o resultado da batalha terá o mesmo peso na avaliação do que a parte técnica, então vencer as suas batalhas será determinante para que possam levar a fita hoje.

— Mesmo assim não deixem de colocar todo o potencial de seus Pokémons à vista. Vencer a batalha não adiantará nada se não for feito com movimentos que realcem seus principais atributos — concluiu Lisia.

O telão exibiu uma lista de confrontos que seria a programação daquele dia. Para a surpresa de Ruby e Wally, os dois se enfrentariam naquela tarde. Ambos trocaram olhares confusos, sem saber ao certo como reagir àquela revelação.

— Bem, parece que um de nós vai ficar pra trás hoje — disse Wally mostrando um sorriso sem graça.

— Bom, pelo menos significa que a chance de nós dois sermos rejeitados logo de primeira vai ser menor — Ruby dava um riso disfarçado.

Os coordenadores foram mandados de volta à sala de espera para que as chamadas para as batalhas começassem a ser feitas. Ruby tentava esconder seu nervosismo. Sabia que Wally era mais experiente em batalhas, afinal, o garoto estava disputando as classificatórias para a Liga Pokémon ao enfrentar os ginásios da região. Já ele havia apenas tido sua primeira experiência em batalhas reais no último fim de semana, quando ajudou seus amigos a neutralizarem a ação de alguns membros da Team Aqua.

Ele suava frio. Desde o princípio sabia que seu amigo era um dos favoritos por ter conhecimento de como batalhar, mas enfrentá-lo logo de cara reduzia bastante suas chances de sair vitorioso daquele contest. Descobriu naquele momento que a tranquilidade que havia mostrado perante a superioridade do amigo em batalhas era apenas de fachada.

A hora passava devagar. O tempo parecia querer prolongar aquele desconforto o máximo possível. As batalhas transcorriam sem nenhuma interrupção, e a partir delas Ruby podia ver na prática como tudo acontecia. Os movimentos eram calculados com todo o cuidado por cada dupla de coordenador e Pokémon, a precisão era milimétrica. A execução de todas as estratégias deveria ser perfeita para não dar aos jurados a chance de apontar algum erro, e cada coordenador parecia se esforçar o máximo possível para isso.

Depois de algum tempo a competição teve uma pausa. Desde o momento em que os confrontos foram sorteados Ruby e Wally não se falaram mais. Cada um foi para um canto e lá ficaram sozinhos, aproveitando os últimos minutos que teriam para pensar em como ser bem sucedido nessa próxima prova que teriam.

Viajando em pensamentos mistos, Ruby só foi desperto quando Harriet, a apresentadora do evento o chamou para sua batalha. Era chegada a hora. O ar quase faltava, trazendo à tona aquela mesma sensação asfixiante que havia tido em seu primeiro contest, ainda em Rustboro. Quanto tempo se passou desde então?

— Que venham os próximos coordenadores para o centro da arena! — anunciou a apresentadora. — Wally, da cidade de Verdanturf, e Ruby, da cidade de Violet!

Os dois garotos se colocaram lado a lado na porta da sala de espera, trocaram olhares uma última vez antes de subirem ao palco e enfim caminharam até o local juntos. O público os recebia com aplausos, pois os dois haviam deixado uma ótima primeira impressão desde o contest de Rustboro, marcando seus nomes na lista de novatos promissores daquele ano.

O público parecia bem maior naquele momento. Era como se Ruby estivesse vendo cada pessoa da platéia dobrada. O Contest Hall de Slateport era do mesmo tamanho que o de Rustboro, então devia ser apenas impressão dele. Ou pelo menos era o que esperava.

— Cada um de vocês terá direito a apenas um Pokémon. Utilizem das melhores estratégias que puderem pensar para vencer a batalha, mas mantendo em ênfase as habilidades e atributos de seus parceiros. Presenteiem o público com uma batalha intensa e bela! — Harriet estava eufórica, o que de certa forma contagiava ainda mais os espectadores. — Podem começar!

— Certo Treecko, vamos vencer essa!

— Então esse é o seu inicial — Wally comentou com um sorriso. — Que coincidência, eu também decidi vir com meu primeiro parceiro. Ralts, hoje é com você!

A troca de olhares inicial não demorou muito. Treecko e Ralts logo começaram a travar a batalha, tão logo seus respectivos treinadores deram os primeiros comandos.

Jeff tinha uma agilidade acima da média, o que o permitia se esquivar mesmo dos ataques psíquicos de Ralts. Aquele, porém, era um oponente bem treinado, tanto para batalhas quanto para apresentações. Junto de seu treinador, ele parecia ter pleno domínio de todas as técnicas que queria executar.

— Você é bom — o psíquico comentou enquanto esquivava dos golpes de Jeff, o que chamou a atenção dele. — Vejo que sua vocação é para batalhas, mas eu consigo detectar alguns traços de insegurança na maneira como você se movimenta.

Jeff odiava Pokémons psíquicos justamente por eles serem bastante sensitivos, já que ele tinha alguns detalhes a esconder. Ele se perguntava se Dan havia sofrido com o mesmo problema quando enfrentou aquela Meditite em Dewford, quando de forma súbita foi atordoado por um ruído severo que bagunçou os seus sentidos na mesma hora.

— Incrível o Disarming Voice de Ralts! Treecko parece ter se desligado da batalha por um breve instante que foi o suficiente para que Wally e seu parceiro encontrassem uma brecha! — Harriet narrava a batalha eufórica, acompanhada por aplausos e gritos do público.

Ruby estava em clara desvantagem. Sabia que a velocidade de Treecko para desviar não ia funcionar para sempre. Os ataques psíquicos de Ralts tinham um alcance muito grande para impedir a estratégia de apenas ficar correndo.

— Vamos ter que começar a atacar. Treecko, tente o Quick Attack!

Se o combate a longa distância dava vantagem quase que total a Ralts, Jeff teria que forçar a aproximação. A estratégia era arriscada, mas o réptil fez bom uso de sua velocidade para acertar o seu adversário antes mesmo que ele ou seu treinador pudessem reagir.

— Pode continuar com seus ataques a distância, o Jeff aqui vai te pegar! — gritou o Treecko mais confiante.

— Foi um bom ataque — disse o Ralts, massageando o local onde fora atingido. — Mas não pense que vai ser tão fácil me acertar de novo.

O Ralts se colocou novamente em posição para que a batalha continuasse.

— Quer dizer então que o seu nome é Jeff. Nossos mestres parecem ser amigos, então me anima saber que provavelmente vamos nos encontrar mais vezes além dos contests.

— Que seja — respondeu o Treecko, convencido de que estava começando a tomar o controle da batalha. — Mas já que você sabe meu nome agora, que tal me dizer o seu?

— É uma longa história, mas eu não possuo nome. Não ainda. Não fui criado por ninguém. Meu mestre me encontrou na estrada, eu nunca fiz parte de um bando. Provavelmente fui esquecido ou abandonado por ali, mas não tenho lembranças. Mas não se preocupe, pois eu acredito que vou descobrir um bom nome pra mim na hora certa.

Jeff não sabia como reagir àquela conversa bizarra. Compreendia a razão daquele Ralts não ter um nome, mas durante tanto tempo já era algo estranho. Ele não podia pegar qualquer um para usar?

— Eu não vou tentar procurar alguma razão nisso, ou eu vou ficar doido.

— É, em vez disso eu acho que você deveria focar na nossa luta — disse o Ralts com um sorriso cínico enquanto mexia seus braços em um ritmo cadenciado e intrigante.

Jeff estranhou aquele movimento estranho, mas não demorou muito a perceber que estava em apuros quando uma parede de folhas surgiu na sua frente. Elas eram envoltas por uma misteriosa energia roxo-azulada, tomando como trajetória circular à volta do pequeno réptil de forma até bela para quem assistia de fora.

O Treecko já se colocou em alerta, de prontidão para qualquer eventual investida da parede de folhas em sua direção. Era um Pokémon do tipo planta, conseguiria suportar bem aquele golpe. Ralts utilizou a técnica Magical Leaf para criar a parede de folhas, e em seguida Double Team para se multiplicar no campo de batalha.

As coisas ficavam cada vez mais confusas para Jeff quando ele percebeu que as folhas agora estavam se afastando dele e se dividindo para circular os vários clones do seu adversário, que continuavam movimentando os braços no mesmo padrão do original. Seria difícil dizer onde estava o verdadeiro.

No ponto cego de Jeff, bem às suas costas, um dos Ralts parou o movimento e ergueu os braços para frente, com as pontas de suas patas dianteiras agora emitindo um brilho róseo. Com isso as outras imagens projetadas começaram a fazer o mesmo. Dessa forma, seu adversário não saberia qual era o verdadeiro, tampouco de onde viria o ataque.

No entanto, o Ralts foi surpreendido quando o Treecko se virou com rapidez para a sua frente e o acertou com um Quick Attack direto. Como ainda estava preparando o ataque, o Pokémon psíquico foi pego com a guarda baixa e recebeu todo o dano.

— Como você sabia que era eu? — o Ralts tentava se levantar, indignado com o fato de ter sido descoberto tão facilmente.

— Criar uma distração e atacar o oponente pelo ponto cego é uma estratégia bem manjada — disse Jeff. — Eu posso ser iniciante, mas em batalhas eu sei mais do que você. Não me trata como idiota, mané.

Jeff avançou com rapidez até Ralts. Sua velocidade e movimentação fluida impressionavam o público e os jurados. Antes que o psíquico pudesse se levantar, o Treecko o agarrou pelo braço e uma aura verde começou a emanar de ambos. O Ralts, no entanto, parecia estar recebendo dano, enquanto o réptil não escondia que estava sentindo uma sensação revigorante.

— Um Absorb... — o Ralts ia ficando cada vez mais fraco, sua voz já começava a falhar.

— Uma companheira de grupo me ensinou essa técnica. Foi mal, eu precisava recarregar a bateria antes de te dar a porrada que vai vir agora. Pra ficar bonito pra galera!

Jeff saltou para trás com um grande impulso para se fixar em um dos pilares da arena. Naquele momento todos os olhares estavam concentrados nele, e ele estava começando a tomar gosto por aqueles eventos que sempre considerou chatos e sem finalidade. Foi então que ele se impulsionou novamente, desta vez indo de volta à direção de Ralts, que já estava enfraquecido demais para tentar uma evasiva.

O Treecko fechou seu punho e com ele deu uma marretada bem em cima da cabeça de Ralts. Para uma batalha onde várias técnicas foram apresentadas, um simples Pound foi o encerramento perfeito para realçar o estilo de batalha de Jeff, baseado na velocidade e na força física.

O salão aplaudia a batalha que havia sido demonstrada. Wally e Ruby retornaram seus Pokémons e se dirigiram um ao outro para se cumprimentarem antes de voltarem à sala de espera.

— Mandou muito bem! — disse o primeiro, mexendo uma parte daqueles chamativos cabelos esverdeados.

— Dei tudo que eu tinha pra poder vencer. Eu sabia que você ia ser difícil de enfrentar, mas foi além das minhas expectativas. Seu Ralts é muito bom! — respondeu Ruby. — Depois você vai me ensinar algumas coisas sobre batalhas, vamos nos tornar cada vez melhores!

— Quem venceu a batalha foi você, esqueceu? — Wally começou a rir. — Sou eu quem tem que pedir conselhos a você, e não o contrário!

As batalhas foram acontecendo em sequência. Ao final de todos os confrontos os jurados se reuniram para debater o resultado final. O tempo passava e o resultado não era divulgado, aumentando a apreensão na sala de espera onde estavam os competidores.

Alguns minutos a mais se passaram até que os jurados voltassem para seus lugares no palco principal. O público começava a murmurar, alguns ansiosos, outros já deduzindo qual seria o resultado. Harriet se dirigiu ao centro do palco onde daria o anúncio final. Já tinha o envelope com o resultado em mãos, restando apenas o momento mais aguardado daquela tarde onde ela o abriria para revelar de uma vez por todas quem foi o vencedor.

A apresentadora parecia se divertir com a tensão predominante no local, já que passava o dedo por trás do lacre do envelope o mais devagar que podia. Quando terminou de soltar a cola retirou o bilhete para ler em voz alta o anúncio definitivo.

— Senhoras e senhores espectadores, é com muito prazer que eu anuncio o vencedor do Contest de Slateport. O primeiro lugar fica com Ruby, da cidade de Violet!

Ruby arregalou os olhos na sala de espera, recebendo tapinhas nas costas de Wally. Seu cérebro parecia ainda não ter assimilado a informação. Sua primeira vitória em um contest, e logo na sua segunda tentativa. Um feito marcante que poderia consolidar de vez a sua carreira, assim como sua fama de ser um dos novatos mais promissores da temporada.

Ao ser chamado, ele se dirigiu até o centro do palco para receber a sua fita. Uma quantidade enorme de pessoas o aplaudia agora, inclusive os jurados que sorriam para ele com expressões de satisfação. Entre eles Lisia, uma das coordenadoras que ele mais admirava, uma de suas inspirações para que seguisse esse sonho.

— Senhores jurados, algumas palavras para nosso vencedor de hoje? — Harriet deu a deixa para que os avaliadores pudessem dar seu feedback.

— Nossas opiniões foram bem parecidas, então combinamos que eu falaria por nós três para poder poupar tempo — disse Lisia, já se levantando de sua cadeira. — Acreditamos que Ruby mereça o prêmio, não só pela sua capacidade de batalha que se mostrou acima da média, mas justamente pelo que tanto prezamos nesse evento que foi extrair o potencial máximo do melhor atributo de seu Pokémon. Treecko possui muita velocidade e força física, e toda a composição de batalha deles foi feita pensando nessas duas características. As evasivas e a movimentação rápida e objetiva foram simples, mas muito bonitas de assistir. Além disso, muito eficaz, sendo utilizada para forçar a aproximação a um oponente especializado em ataques a longa distância, o que geralmente representa uma desvantagem para seu estilo de luta.

Lisia caminhou até Ruby, levando consigo uma almofada que possuía uma pequena fita com uma medalha ao centro, a prova de que o garoto conseguiu superar pela primeira vez um desafio que o separava de seu sonho de disputar o Grande Festival. Agora só faltavam mais quatro.


— E é por isso que o consideramos merecedor dessa fita. Que você continue alçando vôos cada vez mais altos e possa nos surpreender daqui pra frente com apresentações cada vez mais fantásticas. Parabéns!

• • •

No fim daquela tarde Ruby e Sapphire estavam sentados em um banco numa praça próxima ao Mercado de Slateport. A menina não parava de falar sobre a batalha que viu Ruby travar. Ela estava eufórica demais para deixar o amigo sequer dizer algo.

— Eu acho que você devia começar a enfrentar os ginásios também! Vamos ser rivais e nos enfrentarmos na Liga, Ruby! Você leva jeito!

— Calma, contests já dão muito trabalho. Eu não sei como o Wally consegue conciliar as vidas de treinador e coordenador. É muito pesado.

— O Wallace conseguiu e foi Campeão de Hoenn e Top Coordenador.

— Eu sei, Sapphire. Só tem um detalhe. O Wallace é o Wallace. Eu sou um mero mortal.

— Você é muito pessimista!

Wally foi se aproximando logo em seguida. Assim como o Treecko de Ruby, seu Ralts estava fora da Pokéball. Um descanso que os dois mereciam depois da intensa batalha que travaram mais cedo. Enquanto os treinadores conversavam, os Pokémons também resolveram interagir, agora em circunstâncias bem mais tranquilas.

— Você me surpreendeu hoje — disse o Ralts. — Talvez eu ainda não tenha muita noção de batalhas, mas hoje tive um bom aprendizado.

— Você me deu uma trabalheira hoje que faz tempo que eu não tinha — disse Jeff, até que percebeu que o Ralts se alegrou com o comentário. — Mas não vai se acostumando, vou ser bem mais crítico da próxima vez que batalharmos.

— Eu me senti inspirado hoje, mesmo com a derrota. Por isso eu me decidi. Vou me especializar em ataques físicos. Assim quando lutarmos da próxima vez vamos medir nossas forças no mano a mano.

— Que seja. Boa sorte tentando me superar, “carinha do capacete verde”. Daqui pra frente eu só vou ficar cada vez mais forte!

— Era justamente o que eu queria ouvir.

Quem também se aproximou do grupo em seguida foi Ethan. O rapaz vinha sorrindo desde que surgiu no campo de visão dos jovens viajantes. Ele se dirigiu primeiro a Sapphire, dando uma bagunçada nos cabelos da menina, e em seguida a Ruby.

— Eu vi a sua apresentação hoje. Mandou muito bem!

— Bom, depois de você quase me levar pra morte no último fim de semana as batalhas acabaram ficando menos aterrorizantes pra mim — Ruby respondeu com um riso.

— E aí, Sapphire? O que vão fazer daqui pra frente?

— Agora que Ruby já resolveu sua vida aqui, a gente vai seguir pra Mauville. Lá fica o ginásio onde vou tentar minha terceira insígnia. Vocês estão indo pra onde?

— Eu vou ficar aqui por mais um tempo, quero aproveitar que a Lisia está na cidade pra gente dar uma volta e colocar a conversa em dia. Já faz muito tempo que a gente não se vê.

Sapphire abriu um sorriso carregado de maldade para Ethan, que estranhou a reação da garota.

— O que foi?

— Nada, só comecei a imaginar o que aconteceria se eu contasse pra sua namorada que você tem andado com outras garotas aqui em Hoenn enquanto ela está em Sinnoh.

Ethan ficou pálido na mesma hora. Sapphire já tentava segurar o riso com todas as suas forças.

— Sapphire... Pelo amor de Arceus, nem brinca com uma coisa dessa. Ela vai me matar de verdade.

— E você, Wally? O que vai fazer agora? — perguntou Ruby.

— Agora tenho que correr atrás de insígnias, já que o contest aqui terminou. Depois que venci a Roxanne em Rustboro eu vim por Verdanturf e enfrentei o ginásio de Mauville. Então vou pegar uma balsa daqui até Dewford para enfrentar o líder de lá.

— Vai preparado, porque não vai ser fácil — Sapphire comentou. — Mas diga ao Brawly que eu mandei um oi. E cuidado com aquele Makuhita psicopata dele!

— Ok, recado anotado! — Wally fez um sinal de continência.

A estadia de Ruby e Sapphire em Slateport foi longa, mas já estava chegando a suas horas finais. Muita coisa aconteceu enquanto lá estiveram, e certos acontecimentos que ocorreram na cidade nesse tempo seriam decisivos para inúmeras coisas que ainda estavam por vir.

FIM DO CAPÍTULO 22

  

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  1. Orra cara, que diálogo para começar hein? Levantar de cara com um "Eu chorei a noite inteira" desaba qualquer um, mas achei o Ruby muito sensato pela forma como lidou com a situação toda, ele não podia se distrair para um momento importante como a apresentação. Mesmo assim, foi de partir o coração ver uma garota como a Sapphire que se faz de durona abrir-se dessa forma com ele, e creio que seja isso que me faça gostar muito dessa amizade deles.

    Você se saiu muito bem na apresentação cara, e aos poucos começo a ligar alguns pontos do que você me contou há algum tempo... Wally estar participando tanto dos ginásios quanto dos contests pode ter acendido uma fagulha na mente do Ruby, e citar o exemplo do Wallace é um bom lembrete de que você pode ser foda em ambas as categorias. A batalha teve ótimos momentos também, gostei do Jeff mencionar o Absorb como um presentinho da Olivia e o fato do Ralts não ter nome, é como se ele ainda estivesse buscando a identidade dele, o background dele não ter memória abriria um leque de oportunidades para você explorar caso realmente tenha interesse.

    Ethan sentindo medo da Amy mesmo separados por um continente inteiro kkkkk Fofos pra caraio. Também adoro os momentos quando você cita alguns laços que foram se formando mesmo que super discretos, como o fato da Sapphire mandar um "oi" pro Brawly. Imagino se ela também vai acabar se apegando a outros líderes, como a Flannery que há tanto tempo você vem planejando kkkk O capítulo foi ótimo cara, pouco brilho e dancinhas e mais pancadaria, mas sem perder a elegância. Grande abraço!

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    1. A Sapphire é mais criançona, então ela tenta se fazer de forte mas logo que alguma coisa acontece ela desmonta. E você vai ver isso acontecer de novo em breve (já sabe o que eu tô falando kkk). O Ruby nesse quesito é bem mais forte que ela, pois apesar de também ter sentido a ausência da Miriam ele não deixa sua razão ser subjugada pelas emoções e foca no que tem que ser feito. É um ótimo contraponto ao fato da Sapphire ser mil vezes melhor que ele nas batalhas, e essa diferença que os completa é o que realmente vai fazê-los passar pelas dificuldades sem serem derrotados.

      O Wally é realmente suicida pra poder conciliar as duas coisas. E considerando que o Wallace chegou no topo das duas carreiras você já percebe o quanto o cara é um monstro! Não à toa se tornou Campeão de Hoenn depois de um longo reinado de Drake, considerado o treinador mais poderoso que a região já teve.

      O Ethan sempre será o Ehtan, e a Amy sempre será a Amy. Quem manda na relação é ela, todo mundo sabe kkkkkkkk Cara, eu tenho os planos sim pra fazer a Flannery ganhar destaque. Não sei se vai ser uma amizade como a do Brawly, que teve um fator de identificação entre os dois muito forte, mas a Flannery promete ser uma personagem divertida. Mas infelizmente ela só vai dar as caras na Alpha Saga.

      Até a próxima! õ/

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  2. Oi companheiro!

    Gostei muito desse capítulo, achei-o bem tranquilo e com um flow super habitual, no entanto com os seus momentos-chave e importantes, sabe? Mesmo ao seu estilo e como eu gosto.

    Começamos com o diálogo interessante entre Ruby e Sapphire sobre Miriam/Camila... onde está ela? O que acontece agora? Quando a voltaremos a ver? Respostas que nem eu, que adoro mandar palpites e conspirações, faço ideia. Espero que ela esteja bem, a treinar os seus Pokémon e continue com a sua boa disposição <3

    O combate entre Ruby e Wally. As diferenças de estilo entre os dois são bem nítidas mas o confronto deles resultou muito bem. O mesmo aconteceu com os seus Pokémon, que adicionaram um elemento bastante curioso neste capítulo, a meu ver. Gostei das interações entre os dois e do nascimento desta nova rivalidade. E O RUBY GANHOU A SUA PRIMEIRA FAIXA!

    No final, fiquei com a ideia que Wally se iria juntar aos dois protagonista por algum tempo... infelizmente isso não aconteceu, mas gostaria de acompanhar melhor a sua jornada. Assim como a presença de Ethan em Hoenn, que até então tem sido bastante curiosa.

    Continue com o bom trabalho, companheiro!

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    1. Depois de tanta treta acontecendo era hora deles darem uma descansada kkkkkk Às vezes é preciso que eles deem uma relaxada na jornada para poder reorganizar as ideias. E esse capítulo serviu pra isso, pelo menos no início.

      A Miriam agora segue seu próprio caminho, mas continua focada na Batalha da Fronteira, como vimos no último capítulo antes dela deixar o grupo. Em breve poderemos vê-la novamente completando seus desafios. Resta saber se o caminho dela vai se cruzar com o de Ruby e Sapphire de novo algum dia.

      Ruby finalmente conquistou sua primeira fita! Já dá pra notar que houve uma evolução dele e seu time, Jeff parece ter cedido pelo menos um pouco, ou talvez só relevou por conta do tema desta vez ter sido batalhas. Mas a verdade é que os dois se entenderam bem melhor do que o esperado.

      Por um momento eu também cheguei a pensar nessa junção do Wally à equipe principal, mas não aconteceu. O timing não estava muito bom, pois a dupla principal ainda sente a separação com a Miriam, e outra pessoa para compor o trio agora ficaria estranho demais. Mas eu já cogitei algumas vezes o Wally viajar junto deles, mesmo que temporariamente. Só ainda não vi uma ocasião para isso. Mas também não descartei, de forma alguma. O interessante da AEH é que cada personagem tem sua própria história, e de repente elas vão se cruzando e descruzando sem nenhum critério ou padrão definido. Acontece casualmente, como a própria vida real. Então quem sabe no futuro não teremos o Wally formando o trio com eles, ou até outros personagens juntos fazendo um quarteto ou quinteto? Tudo vai depender de como a história de cada um vai se desenrolar.

      Até a próxima! õ/

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  3. Primeira fita do Rubens é isso mesmo? Que mentira, aposto que wally deixou já que ele vai ter que voltar para cidade depois que derrotar o brawly, esse Wally não me engana, quer que o Ruby ganhe confiança para poder acabar com todo o orgulho do garoto em outra oportunidade!

    Hello sir Sombroso, como que tu ta?

    Que belo ver a saudades dos jovens da Camile, para falar a verdade eu estou que nem a Saphire aqui :sob:

    Vou ignorar as referencias para o Ethan pq to boiando nas conexões dele, mas deixa elas ai, deve ser legal para quem as entende.

    Muito obrigado pelo capítulo Shadow, até a próxima!

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    1. Se é que o Wally vai ter chance de cumprir esse plano maligno kkkkkkkkkkkkkk Mas não vou dar mais detalhes.

      Diga, Anan! õ/

      Cara, a Miriam viajou com eles durante um bom tempo. É normal que eles sintam um vazio agora que tem uma pessoa a menos no grupo. E a relação deles estava indo bem até as revelações após a confusão no Museu Oceânico. Vamos esperar que um dia eles possam se resolver.

      As referências do Ethan são mais pro pessoal que também lê Aventuras em Johto, mas não saber delas também não vai prejudicar sua leitura aqui. Mas recomendo que quando puder dê uma passada lá na fic do Dento porque realmente vale a pena. :)

      Até a próxima! õ/

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  4. BIcho brabo esse treecko, a bataklha foi mesmo de deixar o Ralts todo treekado.

    Mais uma vez comenta´rio simples aqui da companheira, não tenho nada a acrescentar além do facto de ter sido um otimo capitulo! Até mais sombrinha!

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    1. Jeff treeckou o Ralts com todas as suas forças kkkkkkkkkkkk Será que vai ter revanche algum dia? :v

      Valeu pela presença, Shii! Até a próxima! õ/

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  5. Esse Jeff é um muleque doido mesmo. Adorei ver esse bixinho em ação! Contest super divertido de se ler e to começando a achar que você ta tramando alguma coisa com essa história de ginásio e contest, Shadow Shadooow.

    Curti bastante essa pequena backstory do Ralts do Wally, maluco mó enigmático. O nome dele agr vai ser "carinha do capacete verde", um Gallade fodão vem por ai.

    Mano, o Ruby tem irmã?! Nunca me liguei nisso, Jesus. O que aconteceu com a irmã dele?? Seria a Eliza a Lisia, ou mera coincidência?? ACHO QUE NÃO.

    Capítulo top como sempre meu querido, continue assim e estou ficando cada vez mais empolgado em ver o crescimento dos meus queridos! E a volta da Camill- Miriam.

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    1. Jeff aparecendo no capítulo é sinônimo de algo interessante acontecendo. O dia que ele estiver envolvido em algo tedioso essa história acaba kkkkkkkkkkkk Eu? Eu não estou tramando nada. :v

      O Ralts na verdade já tem o nome definido, mas eu quis esconder por mais um tempo. Mas vai ser um nome legal, prometo. E que combina com a evolução dele. Acho que ficou claro que ia ser o Gallade por ele ter comentado que ia focar em treinamento físico, né? kkkkkkkkkk Você está sempre atento aos detalhes, por isso que me orgulha!

      Sim, o Ruby tem uma irmã mais velha. Você não ter se ligado não é demérito seu, relaxa kkkkkkkk Eu soltei uns sinais dessa informação, mas coisa bem sutil, em alguns capítulos perdidos por aí. :D

      Valeu pela presença, meu parceiro! Pode deixar que eu tô tratando essas crianças a base de muito Biotônico Fontoura! O final de temporada vem aí, e eles vão precisar estar prontos pra fazer até chover se necessário! E a Miriam terá sim seu momento de destaque.

      Até a próxima! õ/

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  6. É mágica a maneira que esses capítulos de batalha me deixam eufórico, simplesmente sublime. Usou e abusou da articulação em sua escrita, tornou o espetáculo palpável e tangível através de palavras bem selecionadas e em momento algum se perdeu no seu decorrer.

    Comentário pequeno, todavia não há o que se dizer quando os sentimentos falam por si, e foi isso que tal capítulo despertou em mim. Obrigado por nos presentear com tamanha arte, sublime Shadz

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    1. E aí, Vinnie!

      Eu vou ser bem sincero. Acho que esse capítulo ficou beeeem meia boca. Eu simplesmente não tenho afinidade alguma com contests, e aqui eu introduzi a batalha de forma a me ver logo livre disso kkkkkkkkkkk

      Mas eu fico feliz que tenha gostado. Prometo compensar com muita coisa interessante acontecendo no arco de Mauville! Estamos chegando lá, o fim da temporada está finalmente próximo.

      Até breve! õ/

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  7. Finalmente tomei vergonha na cara para ler esse capítulo e são muitas emoções em um capítulo só: os dois tristes pela despedida repentina da Miriam/Camila (acostumei muito com Camila à essa altura para me desfazer desse nome hasjdhjhjhjkkk) e eles tendo que aceitar a realidade que ela talvez não vá voltar. É de doer o coração, não te perdoarei por isso, por ter afastado minha xodó do grupinho, mas quem sou eu para falar de separar os protagonistas sendo que o tempo todo eu faço isso, né?
    O concurso foi muito bom, o Jeff realmente se sobressaiu nesta batalha contra o Ralts do Wally e garantiu a fita para nosso menino Ruby que agora está a um passo de ir para o Grande Festival, mas calminha lá Ruby, faltam outras quatro fitas e não vão ser conquistadas facilmente, então tira seu Ponyta da chuva e não deixa o orgulho subir à cabeça.
    Bem, este capítulo foi recheado de emoções, é difícil discernir e classificar todas e colocá-las em um comentário só, mas eu quero ver o que o futuro guarda para nossa duplinha e para a Miriam que está solo e, claro, para o Wally.
    Hasta la vista, amigo, vejo-o no próximo capítulo.

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    1. Slateport é talvez o arco mais caótico da primeira temporada, disparado! Mesmo se você ler todos os capítulos em um dia, quando chegar no último vai parecer que começou há uns 2 anos, de tanta coisa que acontece aqui kkkkkkkkkkkk

      E ainda temos os vestígios dos ocorridos anteriores, a saída da Miriam deixa uma marca no grupo, e assim Ruby e Sapphire voltam a ter que se virar sozinhos, sem a facilidade de uma parceira mais experiente mostrando os caminhos.

      Finalmente veio a tão sonhada primeira fita do Ruby, e com uma atuação importante do Jeff, quem diria! Wally também mostra que não é pouca coisa, e a tendência é que os próximos contests sejam mais duros pela escalada de nível que tende a crescer continuamente até o Grande Festival.

      Até a próxima! õ/

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