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- Capítulo 18
Postado por : ShadZ
Jun 28, 2019
O navio abandonado
O
barco de pesca de Briney seguia o mais rápido que podia em direção ao leste.
Com ele estava Sapphire, Ruby e Miriam que aproveitavam a direção que o
marinheiro tomava para pegarem uma carona até Slateport, próximo destino dos
aventureiros.
Apesar
da idade da embarcação, ela seguia a todo vapor saltando de onda para onda,
parecendo voar raso na superfície da água. Briney estava calado durante o
trajeto, focando em cada detalhe ao longo da rota para não perder a direção que
devia seguir, já que o lugar onde queria chegar era bem escondido de vista até
mesmo para os navegadores mais experientes.
Entre
o trio de treinadores as expressões eram mais variadas, desde um Ruby emburrado
por ter que aturar o cheiro de água de peixe impregnado no barco até Sapphire
sorridente encarando suas duas insígnias da Liga Pokémon e Miriam interagindo
com sua Mudkip.
—
Nesse ritmo a gente nem demora muito pra chegar — comentou Sapphire, lustrando
a recém-conquistada insígnia de Dewford. — Slateport é um pouco mais afastada
de Dewford do que Petalburg, mas do jeito que o Sr. Briney tá indo rápido eu acho que não vai ter muita diferença de tempo.
— Ele
deve estar com muita pressa, seja lá o que ele pretende fazer — comentou
Miriam, tendo o cuidado de falar baixo para que não fossem ouvidos pelo velho.
— Vocês acham que isso tem alguma relação com aquilo que aconteceu antes de Dewford?
O trio ficou em silêncio. Eles se encaravam com seriedade. Se a resposta para a
última pergunta de Miriam fosse positiva, havia neles a preocupação de que
talvez estivessem indo em direção a mais problemas. E mais uma vez em alto-mar,
onde não havia fuga para um lugar seguro. Um novo encontro com a Team Aqua era
a última coisa que desejavam.
— Não
sei, não acho que o Sr. Briney nos levaria para uma situação perigosa —
questionou Sapphire.
— Da
outra vez ele também não estava, mas o perigo veio até ele e nos pegou de
brinde — Ruby retrucou. — Fala sério, gente! Aquele homem tem coisas a esconder
de nós. Aqueles bandidos saberem quem ele é não foi coincidência.
— Não
pude usar meus Pokémons naquela noite, porque estávamos isolados — disse Miriam cerrando os punhos com força. — Em terra firme eu teria acabado com aqueles
dois.
— É
muito fácil fazer suposições de algo que já passou, mas nunca dá pra ter
certeza do que poderia ter acontecido caso as condições fossem diferentes —
Ruby dizia enquanto se levantava para andar até a grade do barco, onde se
apoiou. — Se estivéssemos em terra firme você poderia ter batalhado sim, mas eu
e Sapphire não somos treinadores experientes como você, o Sr. Briney parece ter
apenas a Peeko, que não é um Pokémon preparado para batalhas e não sabemos o
nível daqueles criminosos. Você talvez tivesse entrado em batalha, mas o
resultado dessa afronta poderia ser pior.
A
menina ajeitou seus óculos e bufou, demonstrando estar contrariada com as
palavras frias de seu amigo, mas não tentou contra-argumentar. No fundo sabia
que ele estava certo.
— Não
consigo derrotar dois criminosos quaisquer, como eu vou encarar os outros
Cérebros da Fronteira?
— Os
Cérebros da Fronteira não vão ameaçar te matar se você mostrar resistência —
afirmou Ruby.
— Verdade, mas tem uma que eu preferiria morrer logo a ter que encarar agora —
Miriam se debruçou na grade de segurança do barco.
Sapphire
e Ruby trocaram olhares confusos, sem entender muito bem o que a companheira
queria dizer com aquilo.
— Quem
seria essa? A Greta?
— Não,
a Greta é a próxima — Miriam respondeu. — E parece ser uma pessoa divertida.
Sapphire
não desistiu com a primeira negativa.
—
Então a Lucy!
—
Também não, a Lucy é uma das treinadoras que eu mais desejo conhecer.
— Você
disse “uma”, e de mulheres na Batalha da Fronteira então só sobrou a Anabel.
Os ombros
de Miriam deram uma sacudida involuntária, fazendo Sapphire revelar um sorriso
triunfante.
—
Então é ela — disse a garota.
— Qual
o problema com a Anabel? — questionou Ruby. — Ela é uma treinadora
respeitadíssima no mundo inteiro! Fora o fato de que ela é um membro da Polícia
Internacional, uma pessoa brilhante que ajudou a desenvolver o setor de
inteligência deles.
—
Podemos mudar de assunto, por favor? — a garota indagou com rispidez. — Eu já sei de tudo isso, já estive com ela antes, e por isso mesmo eu tenho receio dessa batalha. Prefiro não explicar o motivo agora...
Dado o
ponto final no assunto os três ficaram em silêncio por quase duas horas, até o
momento em que o barco fez uma manobra para a esquerda, mudando sua direção
original.
Quando
os jovens se deram conta um estranho borrão apareceu no horizonte. Seu tamanho
aumentava na medida em que Briney ia avançando em direção a ele, fazendo-os se
perguntarem o que era aquilo. Não demorou muito para descobrirem que se tratava
de um enorme navio encalhado em um banco de areia no meio do oceano, cujos
danos na lateral do casco indicavam um possível abalroamento.
O
barco de pesca emparelhou com uma rampa de acesso na lateral do navio. Briney
desligou o motor e finalmente saiu da cabine para observar a melhor maneira de
ir de uma embarcação para a outra. Quando finalmente saltou por cima da grade
lateral do seu barco, o velho voltou sua atenção para os treinadores.
— Eu
já volto. Vocês ficam aqui, o lugar não é seguro.
O
ex-marinheiro subiu a rampa e desapareceu da vista dos três quando chegou à
parte de cima. Os treinadores resolveram se dirigir à parte de dentro do barco
para fugir do sol escaldante, uma vez que com o barco parado eles não teriam a
ajuda do vento para afastar o calor intenso que os castigava naquele dia.
Sentados
à mesa da pequena cozinha improvisada, os viajantes começaram a ponderar sobre
o que Briney pretendia ao se colocar em uma situação de tamanho risco.
— Ele
fala para não irmos porque é perigoso, mas ele mesmo também não está seguro lá
em cima. Idade avançada, se algo acontecer vai ser um problema pro Sr. Briney
sair de lá — comentou Sapphire.
— Eu
só quero entender o que ele veio fazer em um navio naufragado no meio do nada —
questionou Ruby, não escondendo seu descontentamento. — Aquilo ali está caindo
aos pedaços, está todo corroído! Sabe-se lá quanto tempo faz desde que foi
parar ali. E se acontecer alguma coisa estaremos perdidos no meio do oceano,
sem saber se algum dia alguém vai nos avistar, pois estamos fora da rota marítima.
—
Quando fomos atacados pela Team Aqua eles não mencionaram um mapa que levava a
um navio naufragado? — Miriam perguntou, mantendo a voz baixa.
—
Miriam, pela última vez, esquece essa gente! — Ruby parecia nervoso, encarando
a amiga nos olhos. — Isso é problema dele, uma vez que estivermos em Slateport
vamos continuar seguindo nossas vidas e nunca mais nos envolver com esse cara
de novo.
A
menina, no entanto, não parecia estar dando ouvidos a Ruby. Pegou sua mochila,
revirou o conteúdo dentro dela, e partiu em disparada para fora do barco. Ruby
e Sapphire se entreolharam apreensivos.
— Ela
não vai fazer o que eu acho que ela vai fazer, não é? — indagou a garota.
— Eu
sei que eu vou me odiar por dizer isso, mas vamos atrás dela antes que aconteça
alguma desgraça.
• • •
Quando
finalmente alcançaram Miriam, Ruby e Sapphire se depararam com um cenário não
muito amigável. Os papéis de parede descascados, o chão de metal corroído pela
maresia, a escassez de luz e uma corrente de ar fria que passava pelo corredor,
parecendo atravessá-los causando a sensação de que estavam sendo perfurados por
uma lâmina afiada, era o conjunto perfeito de fatores para alertá-los de que não deveriam
estar ali.
— De
onde vem esse vento frio? — Ruby protestou ao mesmo tempo em que se encolhia em
seus próprios braços. — Estava um calor insuportável lá fora!
Miriam retirou uma lanterna da mochila, que usava para vasculhar cada canto
daquele ambiente hostil. Vez ou outra perturbava um dos Zubats que descansavam
pendurados nos encanamentos do teto, mas não se incomodava com a presença
deles. Parecia estar atenta a qualquer outro detalhe que pudesse aparecer fora
do lugar.
—
Estranho... — sussurrou a menina. — Sem rastros do Briney. Será que ele entrou
por algum outro lugar?
—
Miriam, vamos voltar — disse Sapphire. — Aqui é perigoso.
— Só
um momento, eu preciso verificar uma coisa. Se quiserem voltar para o barco
fiquem à vontade, eu desço logo depois.
— E se
o Sr. Briney voltar antes de você? Como vamos dizer a ele que você veio para cá
mesmo ele nos dizendo para não vir?
— Ele
não tem controle sobre minha vida. Confiem em mim, não vou demorar, só quero
confirmar uma teoria.
— Você
por acaso não está tentando detectar algum rastro da Team Aqua, está? — Ruby já
parecia estar perdendo a paciência de novo, nas últimas horas ele parecia ter
se convencido de que Miriam contraíra alguma obsessão em caçar os criminosos.
A
menina se colocou de frente para o amigo, ajeitou o casaco e manteve o seu
semblante sério.
— Não
posso explorar um lugar abandonado? Não é isso que treinadores aventureiros
fazem?
— Não
quando o lugar pode desabar e matar a gente. Não está parecendo que você é uma
treinadora experiente.
Miriam pareceu ter sentido o impacto da última fala de Ruby. Ela semicerrou os olhos,
com a lanterna já apontada para baixo, encarando o garoto de frente com uma
expressão já beirando a irritação.
Ela,
porém, ignorou por completo a resistência de seus companheiros e seguiu pelos
corredores daquele andar. Não se sentia confortável com o assoalho de metal emitindo
rangidos altos a cada passo que dava, a impressão que tinha era a de que a
qualquer momento um buraco se abriria debaixo de seus pés, mas estava disposta
a achar alguma pista que a colocasse no rastro da Team Aqua. Queria vingança
pelo terror que a fizeram passar naquela noite.
Entrava
de sala em sala, fazendo uma varredura minuciosa nos cantos mais escondidos de
cada cômodo, tentando encontrar qualquer coisa que lhe desse alguma informação.
Ela se aproximou de uma cristaleira próxima à porta. O móvel estava com as
prateleiras vazias e a madeira já demonstrava sinais de desgaste. Miriam puxou
as gavetas e encontrou uma pequena pasta em uma delas.
A
menina se sentou à pequena mesa que havia no local e abriu a pasta para
verificar o que havia dentro. Apenas algumas cartas, cujo tom amarelado do
papel era um claro indicativo do tempo que levava desde que foram escritas. E
em um ambiente tão hostil, com aquele nível de umidade, era curioso o fato de
que não tinham se desmanchado depois de tantos anos.
— Takao
Cozmo e Raizoh Cozmo... — Miriam sussurrou enquanto lia os nomes escritos em
todas as cartas e analisava seu conteúdo. — Pelo visto só uma troca de cartas
entre um garotinho e o pai dele. Como será que esse menino está agora?
A
garota guardou a pasta contendo as cartas na mochila e voltou a procurar por
pistas no cômodo em que estava. Ao verificar outro móvel encontrou um livro de
capa preta, sem nenhuma gravura ou escritos. Notou que o objeto possuía uma
correia com fivela, tornando a sua abertura mais trabalhosa.
— Um diário? — pensou, confirmando a
resposta logo em seguida, quando desfez a trava da fivela e o abriu. —
“Propriedade de Raizoh Cozmo, engenheiro elétrico do navio cargueiro RSE-0017
da Marinha de Hoenn”.
Ela
folheava o diário a procura de alguma informação que pudesse dar uma pista do
motivo pelo qual a Team Aqua queria ir àquele local. Não encontrava nada além
de alguns registros de missões infestados de termos técnicos que ela sequer
imaginava o que poderiam significar. Tantas outras páginas estavam corroídas,
tornando-se ilegíveis.
Mas
uma única folha contendo um texto breve chamou a atenção de Miriam. Seus olhos
travaram nos dizeres rabiscados por uma caligrafia trêmula.
“Nenhuma ação é perene. Como tal,
o sono profundo da fera primordial, que há milhares de anos oculta de nós sua
majestosa existência nas profundezas do vasto oceano. Temei, meros mortais! O
imponente guardião está vindo! O Imperador dos Mares há de despertar em breve!”
— É
cada uma que me aparece... — a garota sussurrou fazendo uma expressão de
estranheza, mas acabou guardando o diário em sua bolsa, junto das cartas recém
colhidas.
Quando
saiu da sala em que se encontrava, Miriam se deparou com Ruby e Sapphire
acompanhados de Briney. Os amigos pareciam apreensivos, enquanto o velho a
lançava um olhar nem um pouco satisfeito.
— Com
isso está completo o trio de bisbilhoteiros — resmungou com sua voz rouca. —
Este navio é pertencente à Marinha de Hoenn. Não mandei ficarem no barco só
porque é um local perigoso. Ainda que ele estivesse novo em folha vocês não
teriam permissão para estar aqui. Vamos indo!
Quando
Briney se virou para a direção que acreditava ser a saída do navio, não
esperava encontrar uma parede sólida de aço indicando o fim daquele corredor.
Devido à distração causada pela surpresa, os quatro não perceberam quando as
demais rotas de fuga também desapareceram, fazendo com que eles estivessem
agora em uma grande sala fechada, com chão, teto e paredes de aço, e muito mal
iluminada.
— Invasores, como ousam macular meu local de
descanso? — uma voz mórbida ecoou pelas paredes da sala, deixando todos em
estado de alerta. — Se fazem tanta
questão de estar aqui, então ficarão para sempre!
— O
que foi isso? — perguntou Sapphire, procurando a origem daquela voz enquanto
caminhava para trás até que suas costas se encostassem às de Ruby, que tremia
sem conseguir sair do lugar.
— O
espírito do navio — disse Briney em voz baixa. — Então ele realmente existe.
—
Explica melhor essa história de “espírito do navio”, não acho que estamos em
uma situação confortável aqui!
As
luzes da sala piscaram de forma agressiva, ao mesmo tempo em que os presentes
tinham a sensação de que a sala estava balançando como se fosse um terremoto.
Briney se segurou na haste de metal de uma das lâmpadas da parede, enquanto os
três mais novos foram ao chão.
— É
uma lenda contada desde poucos anos antes de eu me aposentar da Marinha. Diziam
que um espírito havia se apropriado deste navio e não deixava mais ninguém
entrar. Parece que somos reféns dele agora.
Aos poucos
uma densa névoa púrpura tomou conta do ambiente. As luzes baixas deixavam a
sala envolta pela penumbra. Por trás do nevoeiro uma figura estranha tomou
forma, aparecendo de frente para os prisioneiros. Não tinha um corpo físico,
apenas uma pedra de onde emanava um denso gás de cor roxa. Outra substância, de
cor verde bem vibrante, também emergia da pedra e parecia desenhar um rosto
perverso na concentração de gás.
— Um
Spiritomb? — indagou Sapphire. — O que um Pokémon desse está fazendo aqui nesse
navio?
— Reza
a lenda que um Spiritomb é formado por cento e oito almas aprisionadas na pedra
que é a base de seu “corpo” — disse Briney. — Todo o ódio e rancor acumulados
de todas essas almas aprisionadas definem o nível de poder e maldade do
Spiritomb que os aprisiona. Se formos pegos e aprisionados por ele, só vamos
servir de alimento para deixá-lo ainda mais poderoso.
O
Spiritomb dirigiu o olhar para Miriam. Parecia escanear a garota até o fundo de
sua alma.
— Este navio agora é onde eu resido, se tornou
minha posse. — disse o fantasma, usando algo que se acreditava ser
telepatia. — Você roubou coisas daqui, eu
consigo ver. Sua alma... Sinto vindo dela uma mistura de sentimentos.
Insegurança, medo, rancor, muito rancor. Eu a quero mais do que qualquer outra
presente nesta sala. Me entregue sua alma, e prometo guardá-la como um troféu
inestimável.
Miriam deu dois passos para trás, colocando a mão no bolso com sutileza a fim de não
ser notada.
— Não
pretendo entregar minha alma pra uma criatura que eu nem conheço — devagar ela
tirava do bolso duas Pokéballs. — Ainda tenho algumas coisas pra resolver nesse
mundo.
— Como contar a verdade aos seus amigos? —
rebateu o Spiritomb, em tom de voz malicioso. — Me parece que todo o medo que você acumula vem justamente do seu pequeno segredo. Será que você consegue?
—
CALA A BOCA! — em estado de fúria ela lançou as duas Pokéballs em direção ao
Spiritomb. — Venomoth, Mudkip, vamos!
Os
dois Pokémons escolhidos para o confronto se puseram em posição de ataque
frente ao Spiritomb, que se mantinha calmo até o momento. Ao avaliar a situação
de desvantagem numérica sua reação, bem diferente do que Miriam e os demais
esperavam, foi dar uma gargalhada diabólica que ecoou pelas paredes da sala
fechada causando uma sensação agoniante em quem a ouvia.
— Muito inteligente de sua parte trazer dois
membros de sua equipe para lutar comigo! Você sabe que não é forte o bastante
para me derrotar do jeito que está agora.
— É o
que veremos — com um semblante sério a menina ajeitou a armação de seus óculos
e iniciou a batalha dando os primeiros comandos. — Venomoth, tente o Sleep Powder! Mudkip, eu quero que você
inicie com o Foresight!
Shin,
o Venomoth, disparou voando rasante em direção a Spiritomb.
—
Concentre-se em fazer o que a mestra ordenou, novata! Eu vou mantê-lo ocupado.
— Foresight... Que técnica é essa mesmo? —
a pequena Mudkip se mantinha tentando lembrar como fazer aquele movimento,
enquanto sua fala arrastada traduzia seus próprios pensamentos. — Ah... Acho
que lembrei.
— Hoje
vai ser difícil, pelo visto — o Venomoth lamentou. — Uma pena que a Maggie
não pode batalhar nesse ambiente, ela demoliria tudo em um instante. Se bem que
isso mataria todos nós.
Shin,
no entanto, procurou recuperar o foco e lançou uma cortina de esporos de cor
esverdeada na direção do Spiritomb, que recuou para não ser atingido. A Mudkip,
por sua vez, conseguiu travar o foco no Pokémon fantasma para realizar uma
tarefa de identificação de sua estrutura corpórea, ainda que com um pouco de
dificuldade em função de seu raciocínio lento.
Após
desviar do ataque de Shin, o fantasma desapareceu de vista ao penetrar uma
sombra que se abriu no chão.
— Shadow Sneak? — pensou Miriam, mas antes
que ela percebesse o Spiritomb reapareceu nas suas costas, parecendo emitir um
sorriso maligno.
— Não achou que eu fosse ficar parado para
receber os seus ataques, não é?
A criatura espectral inundou o local em sombras. Ele conseguia focar apenas em Miriam, já que Sapphire, Ruby e Briney estavam paralisados de medo.
— Parece que somos só nós dois!
A
mochila de Miriam emitiu um brilho de tom roxo, sendo removida de suas costas.
Ela se abriu sozinha, e de seu interior vários objetos saíram flutuando, desde
os documentos que a menina pegou no navio, provisões para as viagens e
pertences pessoais.
Um
deles chamou a atenção do fantasma. Era um surrado Raichu de pelúcia, que tinha
preso em seu peito um bottom imitando a insígnia do ginásio de Vermilion,
cidade onde a garota havia sido criada na infância.
— Ah, sim... Um item de valor sentimental
inestimável. — o Spiritomb sussurrou.
— O
que você pensa que vai fazer com isso? — ainda que tentasse manter a calma, era
perceptível um vestígio de desespero tomando forma na voz de Miriam.
O
fantasma aos poucos foi desaparecendo, ao mesmo tempo em que o Raichu de
pelúcia pousou com leveza. Os olhos do brinquedo então começaram a brilhar em
um tom intenso de azul, enquanto todo o seu corpo emanava uma aura roxa e
nefasta.
Como
se a pelúcia se manter em pé não fosse surpreendente o bastante, a mesma agora
emitia ruídos estranhos e duplicados. Com o tempo, os quatro perceberam que o
barulho indecifrável ia se tornando uma voz. Era como se duas vozes se
pronunciassem ao mesmo tempo, uma grave e outra aguda, emitindo um som
demoníaco que proferia palavras macabras em sussurros agoniantes. Tal qual um
rádio fora de sintonia, a voz se assemelhava a uma mistura de frequências que a
tornavam aterrorizante.
— Vamos, faça como a pequena Miriam e brinque
comigo! — ressoou a voz diabólica.
Ruby e
Sapphire estavam assustados o bastante com aquele caos sobrenatural para
perceberem o estado de desespero em que Miriam havia se colocado. A treinadora
cerrava os punhos com tanta força que parecia estar tentando perfurar as palmas
das mãos.
—
Devolva isso — a voz da garota disfarçava suas súplicas por trás de um tom
grave e imperativo. — Ou vamos destruir você.
— Acha que consegue? — o Spiritomb então
gargalhou em deboche. — Tentem me atacar,
e é o seu precioso brinquedinho que vai ser destruído!
O ser
fantasmagórico, porém, era livre para atacar da forma como desejava. A criatura
mirou um Dark Pulse na direção da
Mudkip, mas Shin foi mais rápido em carregar a parceira para longe do alcance
do ataque.
Miriam percebeu que após disparar o ataque a costura de um dos braços da pelúcia
começou a desfiar. Não conseguia pensar em como vencer aquela batalha sem
danificar aquele brinquedo velho que a acompanhava desde criança, como um
primeiro amigo que havia conquistado em uma época que não voltaria mais.
— Esse
Raichu de pelúcia eu ganhei quando fui assistir uma batalha do Surge no ginásio
de Vermilion. Foi ele próprio quem me deu — disse a garota com a voz falhando. — É a recordação mais antiga
do que eu queria ser, de onde eu queria chegar.
— Realmente tocante, mas sua alma precisa ser
mais lapidada — respondeu o fantasma. — Vamos
trabalhar um pouco mais o seu ódio.
Sem
aviso prévio o Spiritomb surpreendeu a todos com uma rajada de vento que lançou
Shin e a Mudkip para longe, bem como foi forte o bastante para desequilibrar as
quatro pessoas que ali estavam. O vendaval, além de ser visível devido à
corrente de ar ser tingida por uma aura púrpura, ainda trazia a sensação de
levar aos ouvidos de todos ali presentes gritos de almas perdidas, implorando
desesperadamente por salvação.
O
ataque fez efeito em Miriam, já psicologicamente fragilizada pela sequência de
lembranças que vinham à tona em sua mente, e a pressão para não deixar que
aquele Spiritomb revelasse o que quer que a menina quisesse esconder. Medo e
remorso se apossaram da treinadora, que fazia força para continuar de pé.
—
Muito bem, já chega — disse Sapphire, ainda com dificuldade de se reestabelecer, sacando uma de suas Pokéballs. — Não
posso ficar mais assistindo isso, vou dar um jeito nessa... Nessa... “Coisa”!
— Não
temos força para lidar com ele ainda — falou Ruby em tom de preocupação, também
sacando uma Pokéball. — Vamos batalhar juntos e torcer para que ele dê alguma
abertura.
—
FIQUEM FORA DISSO! — Miriam berrou, assustando os amigos e até mesmo Briney. — É
comigo que ele quer brincar, é algo importante pra mim o objeto que ele
possuiu, foram meus companheiros de equipe que ele lançou pra longe agora com
esse último ataque! Essa briga ficou pessoal há muito tempo.
E
então ela percebeu que o último ataque desferido pelo Spiritomb havia
danificado severamente o pequeno Raichu. A costura lateral se desfez, e o
enchimento de algodão começava a vazar por todos os lados. Além disso, alguns
rombos começavam a aparecer, indicando que o tecido também não resistiu à
energia do golpe.
Miriam sabia, no fundo, que poderia costurar seu Raichu de pelúcia novamente, mas ele
nunca mais seria o mesmo. Segurando o máximo que podia as lágrimas que teimavam
em tentar se formar em seus olhos, a garota apenas permaneceu inerte de frente
com o espírito que enfim saía do controle do brinquedo. A figura macabra estava
de volta à sua forma original.
— Talvez eu tenha exagerado um pouco nesse
último ataque — disse, com um riso abafado. — Mas valeu a pena, consigo sentir o ápice de seu ódio aflorando. Sua
alma está pronta, vou tomá-la agora.
— Hã?
É comigo que você está falando? — indagou a garota, seu tom de voz expressava
total desilusão.
— Sim, com você mesma. Agora seja uma boa
menina e me deixe consumir a sua alma.
— Eu
não vou entregar merda nenhuma a você, sua criatura asquerosa — era possível
perceber a raiva crescendo na voz da garota. — Você se gaba só por ser um
fantasma, não é? Não acha que já passou mais tempo do que deveria no nosso
plano?
A
expressão debochada do Spiritomb desapareceu na mesma hora. O fantasma não
tinha a intenção de lidar com a resistência de alguém cuja felicidade havia
acabado de destruir.
— Não seja teimosa. Venha, vou libertá-la
desse sofrimento.
— Você
ainda não sabe o que é sofrimento, mesmo depois de tanto tempo a mais que você
ficou no nosso mundo. Mas eu vou te mostrar o que é sofrimento de verdade — a
garota estalou os dedos e na mesma hora seu Venomoth e sua Mudkip reapareceram.
— Vamos finalmente mandar você embora desse mundo... Direto para o inferno!
Ao
ordenar o ataque com toda a força, seus Pokémons deram um fim à maldição
daquele navio. Quebrando o protocolo de batalhas oficiais, Shin e a pequena
anfíbia investiram em uma sequência de golpes que não deixaram o Spiritomb
sequer respirar. Ao final, quando o fantasma estava quase todo recuado para
dentro da sua pedra, Shin a destruiu com um Aerial
Ace direto no centro da rachadura.
A
treinadora por fim se aproximou dos restos da pedra, lançando um olhar de
desprezo.
— Não
estava ansioso para ver como a pequena Miriam brinca? — ela então cuspiu onde
estava a pedra partida. — Agora tenha pesadelos com ela pela eternidade!
Por
fim ela se pôs a recolher os pedaços de seu Raichu, em silêncio, sem ao menos
olhar para qualquer outra pessoa que ali estivesse com ela. Ruby e Sapphire
acharam melhor não fazer perguntas, apenas ficaram aguardando para poderem sair
dali.
A sala
sem saída em que Spiritomb os havia colocado se transformou de volta para o
corredor que usariam para sair do navio. Ao voltarem para o lado de fora
encontraram Peeko empoleirada no corrimão da rampa lateral. Por lá desceram até
a embarcação de Briney e tomaram rumo em direção a Slateport. Nem mesmo o pôr-do-sol
era capaz de lhes trazer algum bom sentimento naquela hora.
• • •
Do
alto de uma colina na Rota 110 um rapaz avistou a famosa cidade portuária.
Aparentava ter por volta de vinte anos de idade e exibia um sorriso confiante.
Seus cabelos negros bagunçados davam o tom de irreverência a sua própria
figura. Estava acompanhado de um Pokémon grande, de coloração azul e amarela,
não muito comum de se ver naquela região.
— Finalmente
chegamos! — de seu bolso o rapaz tirou um PokéNav. — Bem a tempo de reservar um
quarto no Centro Pokémon. Hoje vou jantar como rei, depois de todo esse tempo
indo atrás de comida no meio do mato. E aí, ansioso?
O
Pokémon assentiu, sua expressão era de empolgação assim como a de seu dono.
Finalmente teriam algum conforto para aproveitar.
—
Então vamos logo, Tai. Quero saber que tipo de novidades Slateport guardou pra
nós.
Art by: Diego Chinatsu |
FIM DO CAPÍTULO 18
Yo mano Shadow, beleza?
ReplyDeleteMano, gostei muito do capítulo, ele teve um foco grande na Camila, mostrou que ela tem alguns assuntos no passado aparentemente inacabados, e algum rancor guardado no peito. Dá pra notar isso ali em alguns momentos, seja quando ela comenta sobre uma membra da Fronteira ou seja ali no diálogo dela com o Spiritomb.
Vimos também uma suspeita do grupo em relação ao bom e velho Briney, que mostra novamente que tem uma certa conexão com a marinha, e que conhece, possivelmente, alguns segredos da mesma, além de, talvez, algumas permissões.
Por fim, temos as poucas coisas sobre Ruby e Sapphire no capítulo, que se resumem quase que a fazer alguns comentários e questionar algumas coisas no começo do capítulo e a tentativa, mas abortada de cara, de entrar na luta de Camila, decisão que mostra um certo crescimento dos personagens em relação a reconhecer as suas próprias capacidades.
Muito obrigado pelo capítulo, e até depois.
Esqueci de comentar sobre o fim. Mano, um jovem, na rota 110, com um Thyplosion, e que parece ter ficado rodeando por aí por bastante tempo. Será que é quem eu penso que é ?
DeleteAlgumas coisas do background da Camila começam a ser reveladas a partir de agora. Esse capítulo serviu apenas para dar as pistas iniciais de verdades que serão reveladas pouco a pouco a partir do próximo capítulo. Então fique atento, porque ainda não acabou. ;)
DeleteBriney está encerrando sua participação momentaneamente, mas ele vai dar as caras no futuro, pode apostar. Ainda tem muita história mal contada por trás do passado dele também.
Ruby e Sapphire são inexperientes e sabem disso. Mais que isso, eles sabem que ainda são fracos comparados a treinadores mais antigos, a jornada deles está apenas começando. É normal que sintam medo ao precisar entrar em batalhas em situações que não sejam previstas. Dessa vez a Camila segurou a barra e chamou a responsabilidade só pra ela, mas isso não vai acontecer pra sempre. E quando houver um inimigo realmente forte que ela sozinha não conseguirá dar conta? Está na hora deles começarem a desenvolver suas habilidades e mentalidade como treinadores, ou o futuro pode acabar cobrando.
E esse cara aí no final? Ele tem um Typhlosion, o que mostra mais uma vez como eu curto trabalhar com Pokémons diferentões que não são comuns em Hoenn. Se é quem você pensa que é eu não sei. Acho que vamos precisar do próximo capítulo pra você ter essa dúvida esclarecida. :v
Até a próxima, Napo! õ/
O Pokémonzinho que gosta de cutucar onça com vara curta esse Spiritomb hein, deu umas indiretas mortais que nem mesmo Ip Man conseguiria prever shaushasuha mas é como sempre digo: Não importa a situação ou ocasião, Camila é o nome do meu mozão! YEY! Rsrs
ReplyDeleteEsse capítulo ficou muito bem escrito menino Shadow, e a atmosfera de raiva/rancor misturada com os sentimentos mórbidos de ódio deram um semblante muito bom pra Camila. Espero que seu passado seja bem abordado no decorrer dos próximos caps e que faça bom uso disso. Ela é um ícone para todos nós. Sabe, quando comentou que Camila teria uma mudança não esperava por aspectos como esses, sério, você me pegou de surpresa cara. Não faço a mínima ideia do que esse coraçãozinho dela mantém trancado a sete-chaves, porém suplico para que um dia encontre paz interna. Precisamos disso >~<.
Ruby se mantém imaturo pra certas coisas né? Fala muito sem pensar ou simplesmente pensa demais. Creio que isso sempre vá me incomodar, talvez porque me vejo nele, mas isso torna-se muito legal. É gratificante ver que as personalidades de suas personagens estejam influenciando-nos. Ainda discorrendo sobre chars, e esse rapaz no finzinho hein? Será que vai ser “O cara”? Só saberemos na sequência que vai levar milianos pra sair :/ Olha aqui Shadow Z da Silva Pereira Carvalho você tá ficando muito bom em finais de capítulo hein! Pare de criar tanto suspense pois não aguento esperar muito Rsrs.
E os gigantes de Hoenn? Passou rápido mas não despercebido HA! ACHOU QUE KYOGRE IA PASSAR DE FININHO POR MIM E EU NEM IA COMENTAR? ACHOU ERRADO OTÁRIO. Sendo sério quero muito ver os lendários aparecendo nesse reboot, cara, vai ser do caraiba.
Tenho muito pra falar mas acho que por hora é isso, um grande abraço e fique bem maninho ><.
PS:. Está fazendo um brilhante trabalho com Hoenn.
Essa ideia do Spiritomb foi tão do nada, cara kkkkkkkkk Ela surgiu essa semana mesmo, quando eu planejava voltar a escrever. Cara, ele quase revelou coisas que iam causar uma confusão tremenda na vida da Camila! Por sorte ela conseguiu evitar, mas agora ela ficou atormentada. E não parece que as coisas vão melhorar muito pra ela em Slateport. Vamos torcer para que ela consiga manter a cabeça no lugar.
DeleteRuby é um cara bem analítico. Pior é que isso se alia a outro traço dele que é a sinceridade, então ele definitivamente não é o personagem ideal para dizer palavras de conforto quando os amigos estiverem precisando. Mas vamos ver como ele se desenvolve no decorrer da história. Acredito que muita coisa também vai mudar nele.
Calma, cara! Slateport é um arco bem movimentado, queria muito alcançar esse ponto da história logo. O que a gente viu dessa cidade na AEH antiga não vai ser nada comparado à essa nova versão da história. Tem muita coisa importante pra acontecer nos próximos 4 capítulos!
Os lendários de Hoenn estão sendo bem cuidados para quando chegar a hora deles agirem. Nenhum bichinho foi maltratado na produção desse capítulo (além do Spiritomb, mas ele bem que mereceu).
Valeu pela presença aqui, meu parceiro.
Até a próxima! õ/
Clico nas notas... Nada
ReplyDeleteClico de novo... Nada
Shadow, como eu comento se num tem notas?
Espera isto aqui é um comentário o.o bem acho que vou ter que continuar por aqui mesmo!
Vish parece que nosso velho barqueiro estava tão ancioso para ir no barco da marinha que não pode nem levar as crianças para skateport antes de ir no navio. Bem ainda bem que foi assim, se não nós num ia ter essa balha linda da Camila!
Spiritomb morreu na batalha... Oh pena... vida que segue kkkkk
Mano esses nomes aí sendo soltos no nada hein, quero saber mais desse sir. Cosmo e também dessa conexão dele com essa fera primordial dos mares... Bem acho que sei quem é essa aí, só pode ser o wailord!
Agora esse rapaz da rota 110 deixou um bom mistério para o arco de skateport estou doido para ver ele causando.
Acho que é isso.
Ótimo cap sir sombraio.
Até a próxima!
Mistério do comentário:
pq o corretor coloca k em Slateport?
As notas sempre saem nos sábados kkkkkkkkkk Foi mal, eu acabei não avisando. Mas independente de onde você posta o comentário, o importante mesmo é eu poder saber o que você está achando da história! E olha só, você rapidinho colocou tudo em dia!
DeleteSpiritomb morreu? Mas ele já não estava morto? Porque tipo, ele é um fantasma. Como se mata o que já está morto? Mas parece que morreu mesmo. Jamais saberemos kkkkkkkk
Nomes, nomes e mais nomes! Quero entupir as mentes de vocês de nomes! Quando eles vão passar a fazer sentido já é segredo. E sim, você descobriu. A fera primordial é um Wailord usando Dynamax! :v
Esse cara aí da rota 110 está criando uma comoção nos comentários kkkkkkkkkkkk Todo mundo querendo saber quem é ele. Mas relaxa que no próximo capítulo já teremos mais informações.
Até a próxima! õ/
O Navio Abandonado, Hoenn é mesmo cheia de lugares incríveis para se trabalhar! Fico feliz que tenha tornado esse lugar sinistro uma importante parte da trama e não apenas um: "Uau, que lugar perigoso e maneiro, vamos entrar!" kkkkkk O Sr. Briney está sendo a base de alguns mistérios interessantes, e gostei muito de ver como esse capítulo remonta ao trágico episódio do ataque do Team Aqua, a situação toda gerou um verdadeiro reboliço entre os personagens. A Camila tem andado meio alterada e esquiva desde então, e aqui vimos a prova disso.
ReplyDeleteO Spiritbomb é um dos Pokémon mais maneiros introduzidos na quarta geração, desde que vi o design dele eu soube que queria um. Apesar de não ter rolado captura, acho que poucos Pokémon fantasma conseguem ser tão ameaçadores, gostei de ver os esforços da Mudkip e do Shin para derrubá-lo, e todo esse apego da Camila com a pelúcia de Raichu traz um significado intrigante. Senti como se ela ainda fosse muito apegada ao passado, mas ao decidir atacar algo que lhe é especial, ela abriu mão disso. Ela está crescendo bem diante dos nosso olhos e vêm grandes mudanças por aí.
AI, MINHA NOSSA, E TÁ CHEGANDO A HORA DO ENCONTRO, QUANTO TEMPO ESPEREI POR ISSO? Eu sei o que esperar, ao mesmo tempo que sei porra nenhuma, então só quero sair daqui surpreendido e que esse arco de Slateport seja louco demais. Chinatsu, tá de parabéns pela ilustração maravilhosa que deixou o capítulo ainda mais intrigante. Mantenha o ritmo de escrita que as coisas estão pegando fogo, meu chapa!
Bendito navio abandonado! Ganhou um outro significado agora nessa AEH. Como você disse, ficou muito mais do que um ponto de exploração para os personagens, como foi na AEH antiga. Peguei pra ler o capítulo da época pra usar de base e não consegui terminar, sinceramente. Refiz tudo kkkkkkkk
DeleteE esse Spiritomb que eu já nem lembrava que existia em ORAS? Só fui me dar conta dele beeeem depois, e só fui me lembrar de que ele existe e que eu poderia usá-lo na história em uma das últimas calls que eu, você e o Dento fizemos antes desse capítulo ser lançado. Talvez tenha sido até a última que nós três fizemos juntos kkkkk O importante é que ele veio e fez um grande papel nesse capítulo, abrindo precedentes para que a nossa querida personagem tivesse seu psicológico virado do avesso. Trazer à tona inseguranças e coisas do passado que ela quer esconder, mas por quanto tempo será que ela vai conseguir?
Bem, como o próximo capítulo já está pronto esse encontro pra mim já aconteceu. Pra vocês só amanhã kkkkkkkkkk Mas garanto que vai ser divertido. Você não perde por esperar. Ontem eu estava conversando sobre isso com o Dento. O que era no começo só uma piada agora está prestes a acontecer bem diante dos nossos olhos! Essa Aliança Aventuras não para de fazer suas esquisitices.
Até a próxima! õ/
Ara ara ara
ReplyDeleteBom dia, Shadow.
Ótimo capítulo, gostei do foco na Camila, é possivelmente a personagem favorita de muitos por aí. O meu continua sendo o Ruby, sarcasmo (quando não é comigo) me conquista.
Olha, esse Spiritomb foi muito bem colocado, você conseguiu aproveitar da lore do Pokémon muito bem.
Hum... Foi interessante ver esses flashs que o fantasma nos deu a respeito do passado da Camila.
Inclusive, que Pokémon fdp. Ainda bem que a Camila deu um jeito nele, e foi bem fácil até. Apesar de que o bixo mexeu com o psicológico da menina, vamos ver como isso vai influenciar a partir de agora.
E não foi revelado o que o Briney veio fazer.
Beleza, aí você coloca um treinador no final que foi meio tendencioso. Parece o Ethan mas é melhor manter as expectativas baixas.
Acho que é isso, flws
Finalmente alguém que tem o Ruby como favorito! kkkkkkkkk Legal que você conseguiu identificar esse sarcasmo todo como uma marca do personagem, porque ele tem motivos pra ser assim. Motivos que serão explicados bem mais pra frente. De fato, a Camila é a personagem que aparenta ser a queridinha da galera, mas veremos como todos vão reagir com relação às mudanças pelas quais ela vai passar nesse arco de Slateport.
DeleteEu vou ser sincero com você. Eu não conhecia o background do Spiritomb, tive que dar uma pesquisada antes de desenvolver o capítulo kkkkkkkkk Mas eu queria usá-lo já há bastante tempo, depois que descobri que ele estava disponível nesse local em ORAS.
E sim, esse ataque dele ao passado da Camila serviu para criar as interrogações sobre o passado dela que serão respondidas aos poucos daqui até o fim da primeira temporada.
Será que é o Ethan mesmo? Vamos com calma, sem tirar conclusões precipitadas kkkkkkkkkkkk
Até a próxima! õ/
Olá Shadow!
ReplyDeleteDesta vez, temos Camila como protagonista! E o Shadow sabe, melhor que ninguém, o quão feliz isso me deixa! Saber que, desta vez, a Camila se está a tornar numa personagem cada vez mais complexa surpreende-me e deixa-me sinceramente feliz. Estou super ansioso e interessado para descobrir os segredos do seu passado e que ela esconde de todos os seus amigos. E esse combate com Spiritomb foi bem interessante! Ela e os seus pokémons lutaram lindamente!
E o Sr. Briney parece continuar cheio de mistérios. No final, nem descobrimos porque razão ele visitou o navio abandonado... suspeito!
E esse personagem novo no final? Quem é ele? Ethan? Mais um crossover da Aliança? SÓ VEM!
Continue com o bom trabalho companheiro!
Ela sempre será protagonista por onde passar! A menina tem talento pra atrair holofotes! kkkkkkkk
DeleteEsse é apenas um aquecimento para todo o desenvolvimento do background dela. Muita coisa vai mudar daqui pra frente, não dá nem pra ter certeza se ainda será a mesma personagem, mas é uma aposta que estou fazendo. Acho que são mudanças que vão deixá-la muito mais preparada para ser a personagem que eu sempre quis que ela fosse.
O Briney é um verdadeiro mistério. Mas fique tranquilo, pois não foi a última vez que o vimos na história. Tudo será explicado.
E essa cara nova que chega a Hoenn? Não vou dizer quem é. Fica a curiosidade para o próximo capítulo. kkkkkkkkk
Até a próxima! õ/
Mano eu amo esses caps centrados na Camila e esse você se superou, eu não sei o que dizer eu simplesmente to sem palavras para descrever a respeito da batalha da Cami vs Spiritomb e sem falar que tu explorou um pouco mais do passado dela e soubemos mais dos cérebros da fronteira que ela admira, eu gostei pacas deste cap e uau eu ainda to encabulado, acho que vou terminar por aqui eset capítulo enquanto aprecio a arte no final do Ethan (é ele né?) e do Typhlosion
ReplyDeleteCamilitha é a rainha da poha toda! Essa é a primeira vez que vocês a presenciam entrando no modo revolta, e cabe dizer aqui que tem mais de onde veio esses problemas com o passado dela. E não vai demorar muito pra descobrirmos mais sobre quem ela é em seu interior.
DeleteA arte no final do capítulo é um presentinho do China pra deixar vocês curiosos mesmo. Quem será que é ele? kkkkkk
Até a próxima, mano! õ/