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Notas do Autor - Capítulo 33

 


Verdanturf já pode ser vista no horizonte! E com ela, mais um contest do Ruby se aproximando! Quem diria que eu chegaria no terceiro contest sem enlouquecer kkkkkk Mas o capítulo já está pronto, e eu vou ser sincero: esse foi o contest que eu mais gostei de fazer. Mas convenhamos, Verdanturf é a cidade mais marcante pra contests, né? Lilycove ainda tem o shopping, então dá pra discutir, sei lá. Verdanturf é Verdanturf, uma cidadezinha que aqui na segunda temporada nos traz de volta àquele clima gostoso lá do comecinho. Será que teremos outra cidade assim daqui em diante?

Ruby parece estar acertando as contas com o Jeff. Se eles conseguiram sobreviver até aqui do jeito que estavam, eu acredito que se eles se unirem essa relação vai tornar os dois muito fortes. Ruby entende de batalhas, só precisa praticar e encontrar motivação pra isso. Vamos aguardar pra ver.

E a Miriam... Surpresa! kkkkkkkk Aposto que vocês imaginavam tudo vindo dela, menos enfrentar os ginásios e tentar entrar na Liga, né? Imagina a cara da Sapphire quando descobrir isso! Mas a prioridade da nossa rainha Kantonesa segue sendo a Batalha da Fronteira. E está na hora de fazer ela enfrentar um Cérebro da Fronteira. Ainda faltam 5, e o tempo vai ficando cada vez mais curto. Comparada à Sapphire e Ruby ela anda meio atrasada...

Bem, é isso que tenho a comentar por hoje.

Até a próxima! õ/


Capítulo 33

Objetivos e resoluções


A entrada da cidade de Verdanturf já podia ser vista no fim da estrada de terra que atravessava a Rota 117. O tempo estava aberto, mas com o sol ameno de modo que os viajantes não precisavam se preocupar com o calor naquele dia. Uma leve brisa vinda dos pequenos lagos que margeavam a trilha ajudava a manter o clima bem tranquilo por ali.


O grupo estava em uma pequena pausa, a última antes de adentrar a cidade destino. Sapphire tentava treinar seu novo companheiro Psyduck, com Zinnia tentando dar algumas instruções, mas o pato era um completo avoado, deixando a garota de certo modo frustrada com a aparente perda de tempo enquanto a draconid tentava acalmá-la.


Ruby, por sua vez, estava um pouco mais afastado das duas companheiras de jornada. Jeff estava sentado ao seu lado, ainda emburrado pela batalha que havia tido no dia anterior, da qual só não saiu derrotado por conta da intervenção daquela garota chamada Lydia.


O garoto se sentia desconfortável. Não sabia qual seria a reação de seu parceiro caso tentasse puxar conversa. Mas se lembrou do sermão de Zinnia sobre como ele, como treinador, deveria tomar a iniciativa e procurar melhorar a relação dele com o Treecko. Sabia que não podia deixar aquela decisão se estender por muito tempo, porque precisava contar com ele para continuar a busca pelas fitas.


— É... Eu sei que perder é chato — “comecei mal”, pensou o coordenador. — Mas a Sapphire e o Dante são bem mais experientes que nós. Eles estão treinando há mais tempo. O que tivemos ali foi uma experiência.


Jeff não tinha muita vontade de olhar pra Ruby naquele momento, mas apesar de ter se virado de costas continuava ouvindo.


— Nós estamos começando. Vamos melhorar com o tempo, só precisamos continuar trabalhando juntos — o garoto logo sorriu. — Eu sei que você tem uma rivalidade com o Dante, então perder pra ele deve ser bem pior do que perder qualquer outra batalha. Eu não sei se tenho alguém a quem eu posso chamar de rival. O Wally é um adversário, mas é meu amigo há tanto tempo que eu não sei se conseguiria sustentar uma relação de competitividade com ele. Talvez a Emily... É, eu acho que odiaria perder pra ela de novo, só de pensar naquele sorriso cínico na cara dela eu já fico angustiado. Então eu te entendo bem, pelo menos nesse ponto nós somos bem parecidos.


Aos poucos o pequeno lagarto foi cedendo, até que finalmente se virou de frente para Ruby e começou a prestar atenção no que ele dizia. O garoto abriu mais um sorriso, dessa vez de satisfação.


— Você é o às da equipe. Eu preciso te deixar em forma pra poder vencer as apresentações focadas em batalhas. Não vou te deixar na mão. Eu conheço muito sobre teoria de treinos, mas na prática também estou aprendendo. Mas se trabalharmos lado a lado a gente vai encontrar um jeito de evoluir juntos. Eu não vou deixar você ficar pra trás com relação ao Dante. Da próxima vez que nós enfrentarmos ele e a Sapphire a gente não vai perder de jeito nenhum!


O garoto esticou o braço, apontando um punho cerrado pro seu Treecko. Jeff sequer hesitou ao responder o cumprimento, tocando o seu punho com o de Ruby. Ainda que tentasse bancar o durão, não tinha como não acreditar nas palavras de seu treinador pela forma como ele falava. Ruby podia ser inexperiente, mas falava muito bem e sabia como passar confiança quando necessário. Zinnia, mesmo focada no treinamento de Sapphire, observava os dois de longe e sorriu com satisfação ao ver que as coisas estavam melhorando.


— Os meninos estão começando a se dar bem — comentou a draconid. — Bora botar a cabeça desse pequeno aí pra funcionar?


— Falar é fácil, mas pra conseguir isso primeiro eu tenho que descobrir em qual universo ele tá vagando — respondeu Sapphire dando um suspiro na sequência.


O Psyduck inclinou a cabeça, parecendo nem entender que as duas falavam dele.


— Éeeeeh não tem jeito — disse a draconid. — Parece que vamos ter que respeitar o tempo dele.


— Eu queria poder usar o Psyduck no ginásio de Lavaridge. Lá usam Pokémons de fogo, ele seria perfeito, já que não vou poder usar a Shroomish. Zinnia, vamos fazer um treino? Pra eu tentar colocar o Psyduck pra funcionar.


— Sapphire, você tem treinado exaustivamente desde que saímos de Mauville. Seus Pokémons pelo menos estão conseguindo descansar por causa do revezamento, mas você está se levando ao limite. Tenta relaxar um pouco agora que estamos na entrada de Verdanturf. Uns dois dias pra recuperar a energia não vão te fazer mal.


— Mas eu sinto que preciso melhorar muito ainda! Os ginásios estão ficando cada vez mais difíceis, e eu não cheguei nem na metade deles!


— E se você continuar assim nem vai chegar. A exaustão vai te causar prejuízos no desempenho, no raciocínio e na saúde. E outra coisa, você vai ficar bem. Essa sua insegurança te impede de pensar direito. Você é mais forte do que imagina.


A menina suspirou fundo. Ela sabia que o que Zinnia falava era verdade. Sapphire por pouco nem se reconhecia, já que a garota nunca foi de se levar tão ao extremo. Ela nunca havia tocado no assunto com seus amigos, mas quando estiveram na Creche Pokémon de Lydia e Isaac a menina viu seu reflexo no espelho e reparou que estava começando a ficar com olheiras. Talvez fosse mesmo o momento de dar uma pausa.


Ruby havia terminado de conversar com Jeff. O garoto retornou toda a sua equipe para as Pokéballs e se dirigiu para as amigas.


— Foi uma boa conversa. Acho que estamos progredindo — o menino tinha um sorriso satisfeito. — O Treecko é bem forte, então se eu conseguir trazê-lo pro meu lado eu tenho certeza que as coisas vão começar a dar muito certo.


— Isso é ótimo, Ruby — Zinnia abriu um sorriso. — Mas assim como eu disse pra Sapphire, vou dizer pra você também. Tente não se forçar muito, dê um tempo pro seu Treecko. Quando as coisas são feitas com calma há menos espaço pra erros. Tenho certeza que vocês vão se entender.


— Obrigado, Zinnia — disse o garoto. — Sendo bem sincero, eu estava um pouco desconfiado quando você se juntou a nós, mas agora estou gostando bastante de ter você aqui.


— Vocês têm algo que me intrigam, e eu quero descobrir o que é — disse a mais velha. — Mas acho que o mais importante é ter com quem compartilhar boas memórias. Posso ser mais velha do que vocês, mas é a primeira vez que estou viajando por Hoenn também. Meu povo é bem fechado pro mundo externo, então eu nunca tive muita liberdade, sabe? Mas agora estou podendo ver tudo que existe nessas terras que meus antepassados defenderam arriscando suas vidas, e eu estou entendendo o motivo. É um lugar maravilhoso. Fico me perguntando se existem outros lugares, outras Hoenns lá fora.


— Você só vai saber indo até lá — Sapphire provocou. — Aproveite essa sua nova liberdade pra ver o mundo. Mas só depois que finalizarmos a nossa jornada juntos. Até lá queremos você com a gente. Mas vou te dar uma dica. Não existem outras Hoenns pelo mundo. Mas existem lugares tão únicos quanto. E essa é a parte interessante.


— É, foi mais nesse sentido que eu quis dizer mesmo — a draconid respirou fundo. — Bom, se ainda temos que explorar Hoenn, acho que podemos começar andando mais alguns metros. Eu nunca estive em Verdanturf, então vamos riscar esse lugar da minha lista de destinos que ainda preciso ir!


• • •


Depois de uma breve estadia em Fallarbor, Miriam atravessou as cavernas de Meteor Falls sem muita dificuldade e retornou a Rustboro. Depois de passar por algumas ruas a garota estava na entrada do prédio do Departamento de Polícia da cidade, que era a sede de toda a corporação em Hoenn. A treinadora engoliu seco, era a primeira vez que entraria em alguma instalação das autoridades de segurança desde que entregara o cargo de estagiária.


Ela passou pela porta automática, sendo surpreendida pela mudança súbita de temperatura provocada pelo ar-condicionado, contrastando com o calor que fazia do lado de fora. Caminhou até a recepção, onde foi atendida por um oficial do posto.


— Miriam Ashton — disse a menina. — Tenho uma reunião com a senhorita Anabel.


— Certo, deixa eu consultar a agenda dela... — o policial começou a vasculhar alguns documentos no computador da recepção, até que encontrou a informação que precisava. — Ok, Miriam. Pode esperar no corredor do andar de cima. A sala dela é a porta ao final do corredor. Creio que ela esteja terminando uma reunião agora, mas ela está sim à sua espera. Assim que possível ela vai te atender.


A menina fez um aceno com a cabeça em agradecimento e seguiu o caminho indicado pelo rapaz. Ao chegar ao local de espera a primeira coisa que procurou foi um lugar para se sentar, e encontrou um belo sofá creme entre dois vasos de planta.


Miriam jogou sua mochila em cima do sofá e se sentou logo ao lado. Enquanto aguardava ser chamada seus olhos passeavam pela sala. No teto apenas uma fileira de lâmpadas fluorescentes dando um brilho ainda mais forte ao já branco chão de porcelanato. Na área onde estava, além do sofá e das plantas, um filtro de água com alguns copos descartáveis e um pequeno aquário com alguns Luvdiscs pacificando o ambiente.


— Credo, isso aqui tá parecendo um corredor de hospital...  — a garota murmurou agoniada com a limpeza exagerada do lugar.


Não demorou muito até que a porta da sala de Anabel se abrisse. De lá de dentro saiu um homem de meia-idade, alto, com cabelo curto e grisalho e olheiras profundas como as de quem já vinha trabalhando há dias sem descanso. Seu sobretudo marrom esvoaçava de forma quase heroica na medida em que ele avançava com rapidez pelo corredor. Ao passar por Miriam, só teve tempo de dar um breve cumprimento.


— Boa tarde.


— Boa tarde... — a menina respondeu, sem entender bem quem era aquela pessoa.


— Miriam? — a voz de Anabel vinha da porta da sala. — Pode entrar!


Miriam respirou fundo, pegou suas coisas e seguiu pelo corredor. Anabel a esperava na porta, mas sua feição séria dessa vez dava lugar a um sorriso sereno. Seria porque elas não trabalhavam mais juntas? Miriam lembrava de alguém ter dito a ela certa vez que o fim da convivência rotineira quase sempre melhorava a relação entre duas pessoas, até mesmo da própria família.


Anabel saiu do meio da porta, dando passagem para a menina. Estendeu o braço na direção das cadeiras de frente para sua escrivaninha, sinalizando para que Miriam escolhesse uma para se sentar. Assim que a garota o fez, a mulher fechou a porta e girou a chave.


— Café? Chá? Água, biscoitos... Ali na mesa perto da estante, pode se servir à vontade. Você sabe que já é de casa — dizia a mulher enquanto dava a volta na escrivaninha para se sentar na sua cadeira.


Miriam meneou negativamente com a cabeça. Ainda estava um pouco nervosa para falar alguma coisa. Percebendo isso, Anabel deu um leve riso e, pondo as mãos entrelaçadas em cima da mesa, tentou quebrar o gelo.


— Como vai a vida? Ouvi dizer que você derrotou a Greta. Com isso já são dois Símbolos da Fronteira. Não esperava menos de uma garota talentosa como você.


— Obrigada. Pra falar a verdade eu não venci a Greta, mas ela achou que eu devia ficar com o símbolo.


— Se ela te julgou merecedora do símbolo, então você venceu o desafio. Existe muito mais numa batalha do que os resultados frios. Muitas vezes eles não dizem aquilo que precisamos saber. A Greta é excelente em analisar jovens talentos, então sinta-se honrada que ela viu esse potencial você, Miriam. Falando nisso... — Anabel deu uma risadinha enquanto coçava de leve a maçã do rosto com seu indicador. — Vocês duas até que têm personalidades parecidas.


— Pelo amor de Arceus, nem brinca com isso! Aquela garota é doidinha de pedra! — respondeu a menina, pela primeira vez se sentindo mais à vontade naquela sala.


Anabel riu com o comentário da menina, porque sabia que caso os papéis fossem invertidos Greta faria o exato mesmo comentário.


— Sapphire e Ruby não estão mais viajando com você, não é? Eu os vi em Mauville quando teve aquele problema na usina, e você não estava junto.


— Não, nós acabamos nos separando logo depois daquela vez que nos vimos. Apesar deles terem me defendido lá no museu, depois a situação realmente ficou estranha. Eu não tenho como culpar os dois, eu provavelmente me sentiria do mesmo jeito.


— Você gostava deles, não é mesmo?


— Ainda gosto. Queria poder estar com eles ainda, mas sei que eles provavelmente não vão querer conversa comigo.


— Eu sinto muito pelo que aconteceu lá em Slateport. Mas era a coisa certa a se fazer. Mesmo você se desligando da Polícia, seu nome ainda vai ficar ligado a ela e a mim por algum tempo. Isso os colocaria em risco caso você se torne um alvo.


— Eu entendo perfeitamente, senhorita Anabel. Foi melhor assim. Estar viajando sozinha nesses últimos tempos me deu a oportunidade de refletir mais sobre tudo que aconteceu até aqui. Depois que eu repensei o que passamos no caminho para Dewford cheguei à conclusão de que eles são minha responsabilidade. Se eles se machucarem ou até mesmo morrerem em um ataque da Team Aqua ou Team Magma, a culpa vai ser minha.


Anabel deu um longo suspiro. Para ela não era uma situação confortável saber que tinha que privar Miriam de viver como ela gostaria, mas a menina sabia desse risco quando tomou a decisão de aceitar o estágio.


— Por mim vocês estariam juntos ainda. Bem, eu torço para que vocês se resolvam em breve, porque quando a gente der um fim nos Aquas e nos Magmas, e a gente vai dar um fim neles, eu quero que vocês voltem a viajar em grupo e viver suas histórias juntos.


Miriam sorriu. Por um momento ela quase se arrependeu de pedir dispensa. Anabel podia ser rígida e exigente com relação ao trabalho, mas sempre apoiou a mais nova a seguir o caminho que desejava.


— Bom — disse a mulher já trocando o assunto. — Voltando a falar da Batalha da Fronteira, por que você ainda não me desafiou? Você tem o meu contato, sabe onde me encontrar, sabe que é só me pedir que eu arrumo um espaço na minha agenda para batalharmos.


— Ah, isso é porque eu quero que você seja a última que vou enfrentar.


— O chefe dos Cérebros da Fronteira é o Brandon, não eu. O natural é que você o enfrente por último.


— Mas você me ensinou bastante, por isso quero que você seja a última para que você me veja usar tudo que aprendi com você na minha força máxima.


— Eu não te ensinei nada sobre batalhas.


— Mas eu não estou falando de batalhas.


Anabel foi pega de surpresa com o comentário de Miriam. Não era muito do perfil da menina fazer tantos elogios. Pelo menos não com tanta sinceridade. Ela estava mais pro tipo que faria um comentário positivo velado por trás de alguma piada ou algo do tipo.


— Tudo bem então, se é assim eu vou esperar pacientemente — disse a mulher. — E já que é pra vir com força máxima, vou sugerir que você faça uma coisa. É um desafio novo que eu vou te passar, que vai dar bastante trabalho, mas que se você combinar com a sua disputa na Batalha da Fronteira vai te tornar uma treinadora extremamente forte. Considere isso como a última tarefa que estou te passando antes de dar baixa nos seus documentos.


— E o que seria essa tarefa?


• • •


Mais tarde naquele dia, Miriam estava em uma praça da cidade com sua equipe. Era um tempo livre que ela estava dando aos seus Pokémons depois de um trabalho tão duro. Enquanto Venomoth e Mudkip interagiam com o recém-chegado Zangoose, a Nidoqueen se mantinha próxima de sua treinadora.


— Achei que a Anabel ia me odiar depois que pedi dispensa, mas ela me deu apoio — a menina sentia que havia tirado um peso enorme de seus ombros. — Eu fiquei feliz, de verdade.


A Nidoqueen, que apenas ouvia a garota, acenou alegre com a cabeça.


— Ela nos deu uma tarefa bem ingrata pra usarmos como treinamento, sabia? Vai ser bem cansativo, mas acho que é o mínimo que podemos fazer depois do apoio que ela nos deu. Eu pensei muito no assunto, e decidi que quero fazer isso. Até pra enfrentar a Anabel no nível mais alto que eu puder. Eu quero dar a ela uma batalha que a faça sentir orgulho. Posso contar com você nessa missão?


A chefe da equipe de Miriam sorriu para sua mestra, batendo os dois punhos um contra o outro como quem dizia estar preparada para o que viesse. Após explicar o mesmo para o restante do time, a garota sentiu a mesma confiança vindo dos demais membros. Até mesmo o Zangoose rabugento se animou. Afinal, quanto mais oportunidades para sair brigando por aí, melhor para ele.


E assim a menina correu pelas ruas até o destino apontado pela Cérebro da Fronteira. Um lugar que ela já sabia onde ficava, um prédio conhecido. Ao entrar, perguntou na recepção pela pessoa encarregada do local e foi orientada por quais corredores devia seguir. Foi então que chegou para a segunda reunião que teria naquele dia, mas essa seria bem mais breve.


Na sala estava Roxanne, bebendo chá enquanto lia apenas mais um dos milhares de livros da biblioteca da cidade. Se a mulher ainda não havia consumido todo o acervo literário ali existente, devia estar bem perto de fazê-lo. A líder de ginásio reconheceu a menina logo que a viu entrar no local.


— Você não é a menina que estava com a Sapphire quando ela esteve aqui? Como é seu nome mesmo?


— Miriam.


— Hm, Miriam... Você é a pessoa de quem a Anabel estava falando, não é?


— Sim, eu mesma. Eu não sei se ela comentou com você, mas eu vim fazer um pedido.


Miriam retirou de sua mochila um papel enrolado em uma fita, e o entregou para Roxanne. Quando a líder abriu, reconheceu de imediato o documento.


— Este é o certificado que você ganhou quando passou no meu exame de admissão.


— Isso mesmo — a garota respirou fundo, tomando coragem para o que diria logo após. — E é fazendo uso dele como pré-requisito oficial do seu ginásio que eu te desafio para uma batalha valendo a sua insígnia!


FIM DO CAPÍTULO

  


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