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Pokémon Sun e Moon atendeu as nossas expectativas?


Eu juro que tinha voltado a escrever, mas Alola chegou atropelando minha vida de uma forma que eu já não consigo mais fazer coisas normais da minha rotina, porque o jogo está me prendendo tanto que eu não consigo nem descrever!

Sim, meus caros, eu consegui o Pokémon Sun já na data do lançamento — e isso vai me custar um fim de ano bem mais apertado do que já estava, de modo que já dá vontade de chorar só de saber que não tive como aproveitar a Black Friday esse ano — e tenho que dizer que o jogo me impressionou muito! Eu realmente não levei muita fé com as notícias, até fazia piadas sobre alguns Pokémons... Não, pera, eu faço as piadas em todas as gerações mesmo. De qualquer forma, os anúncios não conseguiam me deixar naquela mesma hype de tempos passados, e a demo eu achei tão fraca que isso contribuiu para que eu nem quisesse comprar o jogo logo de cara.

Mas um amigo me incentivou a dar uma chance a Alola, para jogarmos juntos e tudo mais, e aí que eu vi que a realidade era bem diferente do que eu esperava. Alola me surpreendeu muito! Pontos negativos existem, claro, como em todas as gerações. Mas a quantidade de pontos positivos é fora do normal! Então este Hoenn Café será dedicado a falar sobre isso, já que nosso amigo Doritos me concedeu a permissão para falar um pouco sobre Sun e Moon pra vocês. Mas até por direito dele, que detém o cargo de escritor da região, eu não vou me aprofundar em detalhes, e sequer mostrar as grandes surpresas do jogo, já que ele está preparando algo muito interessante para vocês.

O que farei aqui é um pouco diferente. Se lembram do primeiro post do Hoenn Café? Foi justamente sobre o lançamento da sétima geração. Nele eu listei 5 coisas que eu esperava rever no jogo, e pedi para que vocês fizessem o mesmo nos comentários. Pois bem, aqui eu vou dizer se essa minha lista teve todos os seus itens atendidos, fazer um breve comentário sobre cada um e ainda enumerar alguns pontos que eu não esperava ou queria, mas que assim mesmo me agradaram.

Sendo assim, eu já aviso a vocês:

É PROVÁVEL QUE A SEGUIR VOCÊS LEIAM ALGUMAS INFORMAÇÕES QUE PODEM CONSIDERAR SPOILERS, ENTÃO DAQUI PRA FRENTE É POR CONTA E RISCO DE VOCÊS!

Então vamos começar!

 1 - Customização dos personagens


Ok, a essa altura do campeonato vocês provavelmente já sabem que eu estou satisfeito. Se fosse apenas isso já era o suficiente. Sim meus caros, a geração de Alola trouxe de volta a possibilidade de customização de roupas e cortes de cabelo que vimos em Kalos e que tinha se perdido em ORAS. Não só isso, como um dos pontos que mais enfatizei no meu post anterior foi o de permitirem que tirássemos o chapéu do personagem, o que na sexta geração ainda não era possível. É possível agora usar até um chamativo par de óculos! Diferente dos rumores que correram por aí, eu não acho que a variedade de roupas seja maior que a de Kalos. Pelo contrário, parece ter menos possibilidades, mas temos que levar em conta que a moda era uma das marcas registradas da sexta geração. E a possibilidade de tirar o chapéu, embora não haja muitos penteados (pelo menos para os personagens masculinos, já as femininas eu não sei), abre novas possibilidades. Então eu fiquei muito satisfeito.

Expectativa atendida? SIM!

2 - Soaring the Sky!

Não, esta mecânica não está presente na nova geração. Porém, isso não é motivo para críticas, já que ela realmente acabou não sendo necessária, e vou explicar o motivo: agora existe um item chamado Ride Pager, que você usa para invocar Pokémons especiais que podem desempenhar diversas funções fora de batalha. O primeiro, que apareceu na demo, é o Tauros. Ele pode quebrar rochas que estejam no seu caminho, ou seja, ele desempenha a função que seria do HM Rock Smash. Isso mesmo! Os HMs se tornaram TMs que você pode remover do seu moveset sem precisar de um move deleter, e suas funcionalidades fora de batalha agora foram designadas aos Pokémons que você adiciona ao seu Ride Pager. E como vocês já devem estar imaginando, há um Pokémon para executar a função do Fly, mas não vou dizer qual é. Vou deixar que vocês descubram, hehehe...

Resumindo, minha expectativa com a volta do Soaring the Sky era justamente a de não precisar carregar um Pokémon com Fly na equipe, o que atrapalhava um pouco o meu deslocamento com a equipe do competitivo. Mas com o Ride Pager essa preocupação minha não existe mais. A única desvantagem é que não conseguimos ver a cena épica de nosso personagem sobrevoando os céus da região, mas acho que também não caberia no jogo (que está muito grande, por sinal).

Expectativa atendida? SIM!

3 - Novas mega-evoluções

É amigos, eis a parte chata do post. Não tivemos novas mega evoluções na sétima geração. Tudo bem que a intenção deles era dar um destaque maior aos Z-moves, e novas megas poderiam atrapalhar um pouco nisso. Mas ainda não vejo motivo para deixar totalmente de lado algo que fez tanto sucesso e renovou a franquia que já era muito criticada pela repetitividade. Isso não significa que não vamos ter as megas na nova geração. Ao que parece, teremos acesso a elas após zerar o jogo. Mas é evidente que alguns Pokémons que mereciam uma mega tenham ficado apenas na vontade mesmo, como Flygon, Milotic, Slowking e Dragonite, entre outros.

Expectativa atendida? Não!

4 - Um story-mode mais difícil

Ter pesadelos com líderes de ginásio horrendos de fortes parecia ser algo que ficou no passado. Mas na verdade... Ficou mesmo, porque Alola não tem líder de ginásio, Sigert idiota. Porém, o jogo aparenta estar um pouco mais difícil que as versões anteriores. Eu realmente perdi as batalhas de primeira contra o Ilima e o Kukui. Os kahunas são realmente fortes, e se você não tiver cuidado com o que está fazendo em batalha você simplesmente perde antes que se dê conta. Não chega a ser um nível de jogabilidade infernal como foi o Pokémon Yellow, por exemplo, mas pelo menos já deu para notar que o jogo entrou na contramão do caminho que percorria antes, de deixar os jogos cada vez mais fáceis. Isso foi animador, pois criou toda uma expectativa para concluir a história logo e fazer o jogador provar para si próprio que conseguia sobressair naquele nível mais desafiador. A Elite 4 permaneceu fácil, mas ainda assim ficou mais forte que a de Kalos, especialmente se tratando da batalha final contra o Kukui. Está no nível de dificuldade ideal? Ainda não, mas eu vou dar os créditos assim mesmo porque eu simplesmente não acreditava que o jogo teria sua dificuldade aumentada com relação à geração anterior.

Expectativa atendida? Sim!

5 - Chega de rivais amigáveis!

Ok, aqui eu vou precisar explicar tudo com calma, pois foi uma situação inusitada. Eu mencionei no primeiro post que eu estava farto dos rivais amiguinhos que vinham aparecendo nas gerações anteriores, e de fato Alola trouxe um rival interessante nesse sentido, que é o Gladion. A história dele é muito legal, e no fim das contas você acaba revendo o conceito que você tinha dele quando o conheceu. Mas em contrapartida temos o Hau, que é tudo aquilo que eu disse que detestaria ver de novo nos jogos. E no fim das contas eu gostei muito do Hau, muito mesmo! Apesar de eu considerá-lo um rival bem fraquinho, ele é um personagem cativante, e você passa a gostar dele no jogo mesmo ele dando aqueles ataques de alegria típicos de um bobão qualquer. Ele consegue ser divertido assim, e acho que isso se deve ao fato de que a personalidade dele foi muito melhor trabalhada do que a do Wally, por exemplo (muito embora eu ache que isso tenha sido corrigido nos remakes). O Hau não se tornou um personagem seco, mesmo sem ter uma história profunda. É apenas um garoto que tem o mesmo sonho que você, e vai além porque quer um dia poder superar seu avô, o kahuna Hala. Então justamente esse balanceamento entre o companheiro Hau e o badass Gladion dá um toque diferente na maneira como você lida com seus rivais no jogo. Ainda mais quando eles se juntam. Hau e Gladion juntos protagonizam muitas cenas hilárias por causa das diferenças entre suas personalidades. E no fim o Gladion vira seu amigo também! E mesmo assim não deixa de ter essa personalidade fria e pose de cara legal. Os rivais de Sun e Moon me agradaram muito!

Expectativa atendida? Sim!

Agora uma lista de coisas que eu não estava esperando, mas que acabei gostando bastante!

Z-moves: no início eu achei que seria algo completamente esquisito, ainda mais por causa daquelas poses estranhas que seu personagem tem que fazer para poder ativar o poder do z-crystal, mas com o tempo eu percebi que é uma ferramenta bem interessante. Se por um lado você já praticamente sabe qual é a mega-evolução que seu adversário vai usar, um z-move se torna mais complexo de ser descoberto, porque qualquer Pokémon tem a possibilidade de usá-los!

Ride Pager: nada menos que um sonho que se tornou realidade. Os HMs acabaram! Agora em vez de limitar os movesets de Pokémons que gostamos de usar durante o ingame, podemos chamar por Pokémons que executam estas tarefas sem que eles precisem estar nos nossos times. Alguns HMs viraram TMs normais, como o Fly, e torço para que a Game Freak nunca pense em voltar atrás com essa ideia.

História: se você é como eu e evitou consumir qualquer tipo de mídia falando sobre a nova geração para que pudesse aumentar a hype, então pode comemorar, pois essa atitude será muito bem recompensada! A história do jogo é incrível, fora o fato de que ela tem cada plot twist que te deixa até com dor de cabeça! Estejam atentos a todos os detalhes! Não deixem escapar nada, ou quando perceberem já poderá ser tarde demais e a história vai te engolir por completo!

Cenários: não, eu não estou me referindo ao upgrade gráfico, mas sim ao ambiente onde a história se passa mesmo. Não é segredo para ninguém que Alola é uma região inspirada no Hawaii, e como tal ela cumpriu o seu papel de nos trazer cenários deslumbrantes, dignos de um verdadeiro arquipélago paradisíaco. Cada rota e cada cidade, tanto de dia quanto à noite, são de uma beleza de tirar o fôlego! E não sei dizer o que eles fizeram, mas os locais do jogo possuem uma capacidade de imersão tremenda! Você sente como se aquela jornada fosse realmente sua, e não de um carinha qualquer que tem o mesmo nome que você. Você se sente dentro do jogo (o que também é muito de responsabilidade da história)!

Trilha sonora: Masuda se superou! Que trilha sonora épica! Especialmente as que vão chegando para o final, como a do Monte Lanakila e a dos altares onde você enfrenta os Pokémons lendários. As músicas logo no começo da jornada, que dão aquela pitada havaiana no jogo, tudo ficou fantástico! Sem comparações, e olha que eu duvidava que fossem trazer algo tão épico quanto Kalos nesse quesito.

Diversidade de Pokémons selvagens: o jogo pegou uma coisa que tínhamos visto em Kalos, e fez ainda melhor! Podemos encontrar uma gama enorme de Pokémons de outras gerações, e montar nossos times de mil formas diferentes! Pokémon Sun e Moon é um jogo que pode agradar até mesmo os mais ferrenhos genwunners — mas nós que gostamos ou respeitamos as gerações novas certamente ainda somos bem mais felizes...

Rotas aquáticas: eu vou confessar uma coisa para vocês. Se tem algo que eu realmente odeio em Hoenn, é a quantidade exagerada de água que existe para atravessarmos. E Alola, por incrível que pareça, não repetiu esse erro! Na verdade, acho que nenhuma região repetiu, e até Hoenn ficou mais light nesse quesito. Talvez eles tenham aprendido depois de RSE. Alola tem sim locais que só podem ser acessados com o Pokémon designado para nadar no seu Ride Pager, mas são travessias extremamente curtas. Para ir de uma ilha a outra você simplesmente pega uma balsa no porto ou usa o seu Pokémon voador no Ride Pager.

Conclusão

Pokémon Sun e Moon é um jogo que certamente deixou todo mundo no hype. Porém, eu não me senti impressionado com os anúncios, e ainda achei a demo horrível — tanto é que nem tentei me atentar às datas dos eventos, só peguei o Greninja e alguns itens lá. Mas o jogo me impressionou mais do que eu poderia esperar, com uma história fantástica, cenários maravilhosos e uma trilha sonora espetacular, além, é claro, de ter cumprido 4 das 5 expectativas que eu havia listado no primeiro Hoenn Café. Fico feliz de ter conseguido jogar desde a data do lançamento, mesmo que não pretendesse comprá-lo logo de cara, e posso afirmar que de minha parte ele está aprovado!

Agora vem a parte de vocês. Vejam suas respostas lá no primeiro post, confiram os pontos que vocês desejavam para o jogo e respondam aqui se eles foram cumpridos ou não. E digam também pontos que vocês gostaram do jogo mesmo estando fora da lista que vocês criaram.

Eu aprovei o jogo. E vocês?

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