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Pokémon Sun e Moon atendeu as nossas expectativas?


Eu juro que tinha voltado a escrever, mas Alola chegou atropelando minha vida de uma forma que eu já não consigo mais fazer coisas normais da minha rotina, porque o jogo está me prendendo tanto que eu não consigo nem descrever!

Sim, meus caros, eu consegui o Pokémon Sun já na data do lançamento — e isso vai me custar um fim de ano bem mais apertado do que já estava, de modo que já dá vontade de chorar só de saber que não tive como aproveitar a Black Friday esse ano — e tenho que dizer que o jogo me impressionou muito! Eu realmente não levei muita fé com as notícias, até fazia piadas sobre alguns Pokémons... Não, pera, eu faço as piadas em todas as gerações mesmo. De qualquer forma, os anúncios não conseguiam me deixar naquela mesma hype de tempos passados, e a demo eu achei tão fraca que isso contribuiu para que eu nem quisesse comprar o jogo logo de cara.

Mas um amigo me incentivou a dar uma chance a Alola, para jogarmos juntos e tudo mais, e aí que eu vi que a realidade era bem diferente do que eu esperava. Alola me surpreendeu muito! Pontos negativos existem, claro, como em todas as gerações. Mas a quantidade de pontos positivos é fora do normal! Então este Hoenn Café será dedicado a falar sobre isso, já que nosso amigo Doritos me concedeu a permissão para falar um pouco sobre Sun e Moon pra vocês. Mas até por direito dele, que detém o cargo de escritor da região, eu não vou me aprofundar em detalhes, e sequer mostrar as grandes surpresas do jogo, já que ele está preparando algo muito interessante para vocês.

O que farei aqui é um pouco diferente. Se lembram do primeiro post do Hoenn Café? Foi justamente sobre o lançamento da sétima geração. Nele eu listei 5 coisas que eu esperava rever no jogo, e pedi para que vocês fizessem o mesmo nos comentários. Pois bem, aqui eu vou dizer se essa minha lista teve todos os seus itens atendidos, fazer um breve comentário sobre cada um e ainda enumerar alguns pontos que eu não esperava ou queria, mas que assim mesmo me agradaram.

Sendo assim, eu já aviso a vocês:

É PROVÁVEL QUE A SEGUIR VOCÊS LEIAM ALGUMAS INFORMAÇÕES QUE PODEM CONSIDERAR SPOILERS, ENTÃO DAQUI PRA FRENTE É POR CONTA E RISCO DE VOCÊS!

Então vamos começar!

 1 - Customização dos personagens


Ok, a essa altura do campeonato vocês provavelmente já sabem que eu estou satisfeito. Se fosse apenas isso já era o suficiente. Sim meus caros, a geração de Alola trouxe de volta a possibilidade de customização de roupas e cortes de cabelo que vimos em Kalos e que tinha se perdido em ORAS. Não só isso, como um dos pontos que mais enfatizei no meu post anterior foi o de permitirem que tirássemos o chapéu do personagem, o que na sexta geração ainda não era possível. É possível agora usar até um chamativo par de óculos! Diferente dos rumores que correram por aí, eu não acho que a variedade de roupas seja maior que a de Kalos. Pelo contrário, parece ter menos possibilidades, mas temos que levar em conta que a moda era uma das marcas registradas da sexta geração. E a possibilidade de tirar o chapéu, embora não haja muitos penteados (pelo menos para os personagens masculinos, já as femininas eu não sei), abre novas possibilidades. Então eu fiquei muito satisfeito.

Expectativa atendida? SIM!

2 - Soaring the Sky!

Não, esta mecânica não está presente na nova geração. Porém, isso não é motivo para críticas, já que ela realmente acabou não sendo necessária, e vou explicar o motivo: agora existe um item chamado Ride Pager, que você usa para invocar Pokémons especiais que podem desempenhar diversas funções fora de batalha. O primeiro, que apareceu na demo, é o Tauros. Ele pode quebrar rochas que estejam no seu caminho, ou seja, ele desempenha a função que seria do HM Rock Smash. Isso mesmo! Os HMs se tornaram TMs que você pode remover do seu moveset sem precisar de um move deleter, e suas funcionalidades fora de batalha agora foram designadas aos Pokémons que você adiciona ao seu Ride Pager. E como vocês já devem estar imaginando, há um Pokémon para executar a função do Fly, mas não vou dizer qual é. Vou deixar que vocês descubram, hehehe...

Resumindo, minha expectativa com a volta do Soaring the Sky era justamente a de não precisar carregar um Pokémon com Fly na equipe, o que atrapalhava um pouco o meu deslocamento com a equipe do competitivo. Mas com o Ride Pager essa preocupação minha não existe mais. A única desvantagem é que não conseguimos ver a cena épica de nosso personagem sobrevoando os céus da região, mas acho que também não caberia no jogo (que está muito grande, por sinal).

Expectativa atendida? SIM!

3 - Novas mega-evoluções

É amigos, eis a parte chata do post. Não tivemos novas mega evoluções na sétima geração. Tudo bem que a intenção deles era dar um destaque maior aos Z-moves, e novas megas poderiam atrapalhar um pouco nisso. Mas ainda não vejo motivo para deixar totalmente de lado algo que fez tanto sucesso e renovou a franquia que já era muito criticada pela repetitividade. Isso não significa que não vamos ter as megas na nova geração. Ao que parece, teremos acesso a elas após zerar o jogo. Mas é evidente que alguns Pokémons que mereciam uma mega tenham ficado apenas na vontade mesmo, como Flygon, Milotic, Slowking e Dragonite, entre outros.

Expectativa atendida? Não!

4 - Um story-mode mais difícil

Ter pesadelos com líderes de ginásio horrendos de fortes parecia ser algo que ficou no passado. Mas na verdade... Ficou mesmo, porque Alola não tem líder de ginásio, Sigert idiota. Porém, o jogo aparenta estar um pouco mais difícil que as versões anteriores. Eu realmente perdi as batalhas de primeira contra o Ilima e o Kukui. Os kahunas são realmente fortes, e se você não tiver cuidado com o que está fazendo em batalha você simplesmente perde antes que se dê conta. Não chega a ser um nível de jogabilidade infernal como foi o Pokémon Yellow, por exemplo, mas pelo menos já deu para notar que o jogo entrou na contramão do caminho que percorria antes, de deixar os jogos cada vez mais fáceis. Isso foi animador, pois criou toda uma expectativa para concluir a história logo e fazer o jogador provar para si próprio que conseguia sobressair naquele nível mais desafiador. A Elite 4 permaneceu fácil, mas ainda assim ficou mais forte que a de Kalos, especialmente se tratando da batalha final contra o Kukui. Está no nível de dificuldade ideal? Ainda não, mas eu vou dar os créditos assim mesmo porque eu simplesmente não acreditava que o jogo teria sua dificuldade aumentada com relação à geração anterior.

Expectativa atendida? Sim!

5 - Chega de rivais amigáveis!

Ok, aqui eu vou precisar explicar tudo com calma, pois foi uma situação inusitada. Eu mencionei no primeiro post que eu estava farto dos rivais amiguinhos que vinham aparecendo nas gerações anteriores, e de fato Alola trouxe um rival interessante nesse sentido, que é o Gladion. A história dele é muito legal, e no fim das contas você acaba revendo o conceito que você tinha dele quando o conheceu. Mas em contrapartida temos o Hau, que é tudo aquilo que eu disse que detestaria ver de novo nos jogos. E no fim das contas eu gostei muito do Hau, muito mesmo! Apesar de eu considerá-lo um rival bem fraquinho, ele é um personagem cativante, e você passa a gostar dele no jogo mesmo ele dando aqueles ataques de alegria típicos de um bobão qualquer. Ele consegue ser divertido assim, e acho que isso se deve ao fato de que a personalidade dele foi muito melhor trabalhada do que a do Wally, por exemplo (muito embora eu ache que isso tenha sido corrigido nos remakes). O Hau não se tornou um personagem seco, mesmo sem ter uma história profunda. É apenas um garoto que tem o mesmo sonho que você, e vai além porque quer um dia poder superar seu avô, o kahuna Hala. Então justamente esse balanceamento entre o companheiro Hau e o badass Gladion dá um toque diferente na maneira como você lida com seus rivais no jogo. Ainda mais quando eles se juntam. Hau e Gladion juntos protagonizam muitas cenas hilárias por causa das diferenças entre suas personalidades. E no fim o Gladion vira seu amigo também! E mesmo assim não deixa de ter essa personalidade fria e pose de cara legal. Os rivais de Sun e Moon me agradaram muito!

Expectativa atendida? Sim!

Agora uma lista de coisas que eu não estava esperando, mas que acabei gostando bastante!

Z-moves: no início eu achei que seria algo completamente esquisito, ainda mais por causa daquelas poses estranhas que seu personagem tem que fazer para poder ativar o poder do z-crystal, mas com o tempo eu percebi que é uma ferramenta bem interessante. Se por um lado você já praticamente sabe qual é a mega-evolução que seu adversário vai usar, um z-move se torna mais complexo de ser descoberto, porque qualquer Pokémon tem a possibilidade de usá-los!

Ride Pager: nada menos que um sonho que se tornou realidade. Os HMs acabaram! Agora em vez de limitar os movesets de Pokémons que gostamos de usar durante o ingame, podemos chamar por Pokémons que executam estas tarefas sem que eles precisem estar nos nossos times. Alguns HMs viraram TMs normais, como o Fly, e torço para que a Game Freak nunca pense em voltar atrás com essa ideia.

História: se você é como eu e evitou consumir qualquer tipo de mídia falando sobre a nova geração para que pudesse aumentar a hype, então pode comemorar, pois essa atitude será muito bem recompensada! A história do jogo é incrível, fora o fato de que ela tem cada plot twist que te deixa até com dor de cabeça! Estejam atentos a todos os detalhes! Não deixem escapar nada, ou quando perceberem já poderá ser tarde demais e a história vai te engolir por completo!

Cenários: não, eu não estou me referindo ao upgrade gráfico, mas sim ao ambiente onde a história se passa mesmo. Não é segredo para ninguém que Alola é uma região inspirada no Hawaii, e como tal ela cumpriu o seu papel de nos trazer cenários deslumbrantes, dignos de um verdadeiro arquipélago paradisíaco. Cada rota e cada cidade, tanto de dia quanto à noite, são de uma beleza de tirar o fôlego! E não sei dizer o que eles fizeram, mas os locais do jogo possuem uma capacidade de imersão tremenda! Você sente como se aquela jornada fosse realmente sua, e não de um carinha qualquer que tem o mesmo nome que você. Você se sente dentro do jogo (o que também é muito de responsabilidade da história)!

Trilha sonora: Masuda se superou! Que trilha sonora épica! Especialmente as que vão chegando para o final, como a do Monte Lanakila e a dos altares onde você enfrenta os Pokémons lendários. As músicas logo no começo da jornada, que dão aquela pitada havaiana no jogo, tudo ficou fantástico! Sem comparações, e olha que eu duvidava que fossem trazer algo tão épico quanto Kalos nesse quesito.

Diversidade de Pokémons selvagens: o jogo pegou uma coisa que tínhamos visto em Kalos, e fez ainda melhor! Podemos encontrar uma gama enorme de Pokémons de outras gerações, e montar nossos times de mil formas diferentes! Pokémon Sun e Moon é um jogo que pode agradar até mesmo os mais ferrenhos genwunners — mas nós que gostamos ou respeitamos as gerações novas certamente ainda somos bem mais felizes...

Rotas aquáticas: eu vou confessar uma coisa para vocês. Se tem algo que eu realmente odeio em Hoenn, é a quantidade exagerada de água que existe para atravessarmos. E Alola, por incrível que pareça, não repetiu esse erro! Na verdade, acho que nenhuma região repetiu, e até Hoenn ficou mais light nesse quesito. Talvez eles tenham aprendido depois de RSE. Alola tem sim locais que só podem ser acessados com o Pokémon designado para nadar no seu Ride Pager, mas são travessias extremamente curtas. Para ir de uma ilha a outra você simplesmente pega uma balsa no porto ou usa o seu Pokémon voador no Ride Pager.

Conclusão

Pokémon Sun e Moon é um jogo que certamente deixou todo mundo no hype. Porém, eu não me senti impressionado com os anúncios, e ainda achei a demo horrível — tanto é que nem tentei me atentar às datas dos eventos, só peguei o Greninja e alguns itens lá. Mas o jogo me impressionou mais do que eu poderia esperar, com uma história fantástica, cenários maravilhosos e uma trilha sonora espetacular, além, é claro, de ter cumprido 4 das 5 expectativas que eu havia listado no primeiro Hoenn Café. Fico feliz de ter conseguido jogar desde a data do lançamento, mesmo que não pretendesse comprá-lo logo de cara, e posso afirmar que de minha parte ele está aprovado!

Agora vem a parte de vocês. Vejam suas respostas lá no primeiro post, confiram os pontos que vocês desejavam para o jogo e respondam aqui se eles foram cumpridos ou não. E digam também pontos que vocês gostaram do jogo mesmo estando fora da lista que vocês criaram.

Eu aprovei o jogo. E vocês?

Ava's Demon



 E, mais uma vez, a primeira coisa que me puxou foi o traço. Vi um desenho aqui e outro acolá nas minhas idas ao tumblr, então, quando achei a webcomic, pensei por quê não? (aliás, o design do site também é genial e muito atrativo, por dar a impressão que você manuseia um livro)



 Com um ritmo rápido – um quadro por cada página –, a história me conquistou sem que eu me desse conta. Despejando muitos acontecimentos com poucas informações, logo estava presa no suspense de entender o que estava acontecendo. E, conforme o enredo se desenrola – ou talvez se enrole ainda mais seria uma definição melhor –, os personagens vão te conquistando (bem, a maioria ao menos, porque tem uma que nem a mãe pra amar).



 Ava’s Demon acompanha Ava Ire, uma garota de 16 anos que desde pequena é atormentada por um espírito que apenas ela vê – o que a faz ser tachada de maluca quando acaba reclamando em voz alta com essa insuportável companhia. Para piorar, esse espírito pode possuí-la, mesmo que por poucos segundos, a fazendo destruir qualquer possibilidade de socialização. E Ava estava mais uma vez sofrendo as consequências disso quando o planeta onde estava foi atacado. Por engano – ou talvez por destino –, ela consegue escapar na nave de um estranho, e de repente sua vida passa a girar em torno de uma missão (quase) impossível.





 Aliás, podemos falar sobre a Ava? Podemos falar sobre essa pobre bbza, cuja vida foi destruída em cada pequeno detalhe que poderia ser, mas que ainda continua de pé e tentando prosseguir? Eu realmente me afeiçoei a um bom número dos personagens já apresentados, mas Ava é com quem mais me preocupo. Ela tem muitos problemas, inclusive um psicológico frágil devido a todos os inconvenientes que esse espírito causou, mas possui um coração nobre e gentil. Ela consegue se preocupar com alguém que nem se importa com ela, acreditam?


 Enfim, não há muito mais que eu possa falar sem começar a entregar spoilers, mas espero de coração que vocês deem uma chance a essa história (link aqui). Mas, ah, estejam avisados: não recomendo para cardíacos. Todo final de postagem (todo mesmo, sempre, 100%) é um suspense pior que o outro. Essa autora levou o conceito de cliffhanger* a um novo nível.
 (apesar do que possa parecer, ela é um amorzinho <3 inclusive, ela está acompanhando as novidades da nova geração de Pokémon como a gente, e já se manifestou sendo #TeamPopplio)



*cliffhanger – literalmente, “se segurando na beira do precipício”. Quando um capítulo termina em uma cena tensa, cativando a audiência a se manter na espera do próximo.

Dante


Dante, conhecido também como Dan, é um Combusken que se tornou o primeiro companheiro de equipe de Sapphire, ainda no início da jornada. Não é muito sociável, mas também demonstra não ser ruim com os outros.

Sua relação com Sapphire não começou de maneira muito boa, devido ao fato de que Dan aparenta ter certo receio de lidar com humanos. Outro problema que possuía ainda quando era um Torchic era sua prepotência, achando que poderia resolver tudo sozinho e fazendo pouco caso dos comandos de Sapphire. A partir de Mauville esses traços começam a desaparecer e a relação entre os dois começa a melhorar, permitindo que ele evoluísse durante a batalha no ginásio de Wattson.

Primeira aparição:

Capítulo 3 - Caminhos a serem trilhados

Evolução para Combusken:

Capítulo 25 - Iniciativa

Curiosidades:

• Dante foi o primeiro Pokémon de Aventuras em Hoenn a ter seu nome definido, e isso ocorreu ainda na versão antiga da história;

• Na época em que o nome foi escolhido, Shadow não pretendia trabalhar com o conceito de guildas, porém ele foi criado com o intuito de ser peça-chave de um projeto de interligação entre as histórias de Hoenn e Sinnoh;

• O nome Dante é inspirado no protagonista de Devil May Cry, embora a personalidade não tenha sido inspirada no mesmo;

• O apelido Dan surgiu na nova fase de Aventuras em Hoenn, pois o autor acredita que Dante é um nome muito exagerado para um Torchic, porém perfeito para um Blaziken;


Jeff


Jeff é um sujeito bem carrancudo, de temperamento instável. Mesmo calmo, possui uma tendência a explodir a qualquer momento. Foi o primeiro Pokémon a se juntar a Ruby, no entanto engana-se quem pensa que essa relação foi amor à primeira vista.

Jeff detesta contests, e logo que descobriu que Ruby era um coordenador já não quis sequer fazer contato visual com o mesmo. Ele se considera nascido para batalhar, e por isso não aceita participar de qualquer competição ou evento onde não possa mostrar sua força.
Curiosidades:

• O nome Jeff foi ideia de Doritos, autor de Aventuras em Alola, que possui nos jogos um Sceptile com o mesmo nome, que encaixou perfeitamente com a personalidade do Treecko da história;

• Jeff foi o terceiro Pokémon do elenco de Aventuras em Hoenn a ser nomeado, e mesmo assim foi o primeiro a ter sua personalidade bem definida;

• Treecko é o inicial favorito do Shadow nos jogos da terceira geração;

• Ele é Pokémon do Ruby desde a Aventuras em Hoenn antiga, no entanto não se sabe de onde surgiu a ideia de fazê-lo um odiador de contests na nova versão. A ideia, porém, foi bem aceita pela equipe da Aliança;

Notas do Autor - Capítulo 4


Cá estamos com mais um capítulo! Sim, este é o capítulo número 4 de Hoenn!

É TETRA, RAPÁ!
Ok, não é como se fosse um grande feito, mas eu queria apenas mandar essa gif com essa referência, totalizando em uma piada sem graça. Porque se não tiver piada sem graça, não é coisa do Shadow!

Bem, aí está a surpresa que eu estava guardando pra este capítulo, e que me fez quebrar a cabeça para deixar apresentável. Jeff e Dan, dois carinhas completamente diferentes, mas que agora estão amarrados pela mesma história! Confesso que sem a ajuda do Dento eu não teria conseguido finalizar essa parte, então já deixo aqui meus agradecimentos.

Eles serão as cobaias de um experimento que farei na história. Dependendo de como vocês reagirem a isso, eu posso dar sequência ou então dar por encerrado e voltar tudo ao normal nos capítulos seguintes — só para constar, não estou falando de guildas.

E falando em guildas, essa dúvida passeou pelas mentes criativas de alguns de vocês. Bem, desde a AEH antiga eu vinha apresentando certa resistência com relação a isso, o que eu acho até que tenha deixado o Canas um pouco chateado comigo algumas vezes. Não é como se eu estivesse fazendo pouco caso dessa ideia, que eu particularmente curti muito — tanto é que se vocês acessarem a página principal do Fire Tales em Sinnoh, verão que o primeiro comentário lá é meu (puta comentário de narrador da Sessão da Tarde, mas vida que segue) — mas o grande problema é que eu não sabia como implementar isso em Hoenn. Confesso que a minha desconfiança para com a minha própria criatividade me deixou um pouco com medo, o que me tornou muito conservador quanto ao modo de escrita que eu seguia. E essa nova Hoenn tem me dado a oportunidade de abandonar esses medos, e assim apostar em novas fórmulas.

Se vai ter guilda? Ainda não sei, porque essa ideia de mostrar os Pokémons mais como personagens do que como mascotes foi feita para outra finalidade, mas também não vou negar isso agora. O futuro a Omastar pertence.

A Elite chegou! Falando assim até parece que a Sapphire obteve as 8 insígnias e destruiu na Liga, não é mesmo? Mas vocês já podem ver um pouco de cada personagem que será trabalhado nesse grupo. Tentei colocar personalidades bem destacadas em todos eles, embora alguns tenham se destacado mais que os outros, como os rabugentos Sidney e Glacia, hahaha! Mas cada um deles vai ter seus momentos, e quanto ao Wallace ser o Campeão, peço que se acalmem! Tanto os fãs do Steven quanto do Wallace. Ainda estamos no começo da história, e independente de quem for o Campeão, ambos terão grande importância no enredo. O posto de Campeão de Hoenn dessa vez vai ser um mero detalhe comparado ao que os dois realmente representam.

Acho que por hoje é isso, galera. O capítulo dessa vez veio com duas horinhas de atraso. É que como eu estava de folga no trabalho, eu acabei não resistindo e dormi até mais tarde, hahaha! Não me julguem! Aposto que na minha situação vocês fariam o mesmo!

Até a próxima!

Capítulo 4

Desentendimentos

— Eu não acredito que vou ser treinado por um desses coordenadores frescos! — esbravejou o lagarto, chutando uma pedrinha para longe. — EU! JEFF, O INDOMÁVEL DAS TERRAS DE FALLARBOR, NÃO SOU POKÉMON FRU-FRU! QUE ÓDIO!

O pequeno Jeff tinha um temperamento bastante instável. Qualquer detalhe fora dos seus planos já era o suficiente para o transformar em uma bomba-relógio. E se tinha uma coisa que ele não suportava, com certeza eram os coordenadores. O Treecko sempre foi adepto de batalhas à moda antiga, tinha uma personalidade enérgica e se divertia com “porrada” gratuita. Mas quis o destino que justamente ele acabasse no mundo dos contests.

Ele caminhava de um lado para o outro, com as mãos para trás, ponderando sobre a situação desagradável na qual havia se metido. Fugir era uma opção? Não para ele. Se havia algo que Jeff detestava mais do que contests, era alguém aceitar um rótulo de covarde. Não fugiria daquele problema. Preferia encontrar uma solução, ainda que sua personalidade estressada às vezes atrapalhasse um pouco o seu raciocínio.

Foi então que ele notou a presença de outro Pokémon ali perto. Era um Torchic. Jeff o encarou por alguns segundos, de forma curiosa.

— Aquele ali deve ser o escolhido da garota — deduziu. — Vou ver qual é a dele.

O pequeno Torchic estava isolado, sentado em uma pedra e olhando para o nada. O Treecko se aproximou devagar e se sentou ao lado de seu novo companheiro de jornada. Colocou na boca um pequeno galho de arbusto que encontrou no chão, e com ele começou a palitar os dentes. O Torchic não sabia qual era a intenção por trás daquela aproximação, mas não deixou de ouvir quando o pequeno lagarto começou a falar.

— Parece que seremos parceiros de viagem — disse, enquanto continuava mexendo com o galho. — Como veio parar aqui?

Torchic permaneceu quieto. Jeff se sentia desconfortável com o fato de que estava sendo completamente ignorado. Aquele pintinho continuava olhando para o nada, sem sequer mudar sua expressão vaga.

— Já vi que não é de falar... Bem, eu só acho que é melhor você fazer amizade com alguém, já que vamos ter que seguir estrada com esses humanos idiotas.

Torchic virou-se para o Treecko, e deu um suspiro. O réptil tinha razão. Passar o resto dos dias sem conversar seria um caminho rápido para qualquer um enlouquecer. Ele então cedeu, e decidiu corresponder.

— Tem razão. Apenas estou pensando no porquê de eu estar aqui.

— Eu também — Treecko fez uma pausa. — Me chamo Jeff. Fala teu nome, cara.

— Dante.

— Você não tem cara de Dante. Muita areia pro seu caminhãozinho — dizia Jeff com um sorriso debochado. — Vou te chamar de Dan.

— Estamos conversando há menos de cinco minutos, e você já vem com essa intimidade? — Dante fez uma cara de desdém. — Não dei a você essa permissão.

— Que estresse, guri... Vou sair fora antes que você me bata, isso sim!

— Não precisa ir embora, só não estou acostumado com apelidos... Mas isso não significa que não gostei de Dan.

Jeff sorriu, e então chegou mais perto de seu novo parceiro de estrada. Os dois permaneceram sentados, aproveitando a brisa fresca que corria naquele momento. Nenhum dos dois parecia entender o motivo de estarem ali, mas o momento era de procurar essas respostas.

— Você foi escolhido pela guria, né? — indagou Jeff. — Ela é treinadora?

— Aparentemente sim — respondeu Dante, sem dar muita importância. — Como se isso pra mim fizesse alguma diferença.

— Bom, pra mim até que faria — Jeff então fez uma expressão emburrada, e sua fala ficou mais ríspida. — Mas eu tinha que ficar com o coordenador...

— O que te incomoda quanto a isso?

— Eu fui feito pra batalhar, cara, e não pra ficar fazendo apresentações cheias de migué. É só um bando de Pokémon de nariz empinado querendo pagar de aristocrata e cheios de “não-me-toque”! Eu gosto dos campos de batalha, da adrenalina, e não de ficar dançando e fazendo truques como esses babacões adestrados.

Dan respirou fundo. Para ele, o desespero daquele Treecko parecia algo banal. Logo, resolveu tentar ajudar.

— Você por acaso já participou de algum contest? — indagou.

— O que você acha? — rebateu o Treecko, parecendo irritado. — Jamais vou participar dessa besteira!

— Não que eu me importe com coisas que os humanos fazem, mas não acho certo você criticar algo que nunca tentou.

Jeff se levantou, já sem paciência. Ele jamais aceitaria alguém que lhe fizesse pensar a respeito de algo do qual não gostava. Ajeitou o galho no canto de sua boca, e com os olhos semicerrados lançou sua resposta para Dan.

— Não vem com esse papo furado! Eu não tive intimidade para te dar um apelido, DAN! O que faz você pensar que tem intimidade para me dizer o que eu devo fazer?

— Eu estou tentando ajudar, só isso. Não tem por que você ficar irritado desse jeito.

— Eu não quero a sua ajuda! — Jeff bateu com força um dos pés no chão, enfatizando sua afirmação. — Eu nem sei por que eu tentei puxar conversa com você! Você nem consegue entender o que é estar preso contra a sua vontade! Típico Pokémon de laboratório! Vive para servir os humanos!

Dan permaneceu imóvel, sem responder o Treecko aborrecido. Jeff estranhou a falta de reação do outro, mas preferiu não se aproximar.

— Vai ficar calado de novo?

— Some — disse Dan, com a voz fria, e sem ao menos voltar o olhar para o lagarto.

— Tsc, que seja — Jeff virou-se de costas, mas não foi embora sem aproveitar a oportunidade para uma nova alfinetada. — Até outra hora... DAN!

• • •


Uma extensa sala de reuniões estava sendo utilizada naquele exato momento. As portas fechadas indicavam o sigilo das discussões naquele local, e ninguém se atrevia a interromper. Algumas pessoas vestidas de maneira formal estavam na sala, bem como quatro pessoas utilizando roupas comuns.

— Onde está Sidney? — indagou um dos presentes, uma bela mulher loira de expressão serena. — Ele já deveria ter chegado.

— Acalme-se, Glacia — disse o homem sentado logo ao lado, o mais velho naquele local. — O Sidney deve ter um bom motivo para estar atrasado.

— Eu tenho um bom motivo para ele estar atrasado — rebateu a mulher, virando-se para outro homem, que se sentava à cabeceira da mesa. — O fato de ser um inconsequente. Wallace, você deveria se impor. Ele faz o que bem entende, e pode acabar prejudicando a imagem da Elite a qualquer momento.

Todos aguardavam a resposta do rapaz de cabelos azulados e vestes extravagantes. Apesar disso, possuía um comportamento bastante reservado, e evitava falar coisas desnecessárias. Wallace era o atual campeão da Liga de Hoenn, e naquele momento ocupava o posto mais alto da Elite da região.

— Conversarei com ele assim que possível.

— Precisa ser urgente — alertou Glacia. — O vencedor da Liga já pediu para marcar a data do desafio. Eu acompanhei as competições, e posso dizer que este garoto é diferente de tudo o que vimos nos últimos anos.

O velho sentado à mesa apenas esboçou um sorriso de canto, parecendo apreciar o comentário sobre o novo desafiante que eles receberiam.

— Por que está sorrindo, Drake? — perguntou uma menina sentada à sua frente, também integrante da Elite.

— Não é nada, só estou animado para este confronto. Faz tempo que não recebo um bom desafio, mas como a Glacia disse que o garoto é bom, então pode ser que ela deixe esse passar para mim...

— O fato de eu dizer que ele é melhor que os últimos não quer dizer que ele me derrotará — Glacia afirmou categoricamente.

— Não tão fácil — rebateu Drake. — Mas só pelo fato de ter recebido um elogio seu, esse jovem já merece atenção.

— De fato — disse Wallace. — É raro ver a Glacia elogiar alguém. Esse treinador deve ter muito potencial.

No momento a porta se abriu, atraindo a atenção dos presentes. Adentrou a sala um homem aparentando quase trinta anos, com cara de poucos amigos. Ele se jogou em sua cadeira enquanto ignorava o silêncio reprovador de seus companheiros, e por fim acendeu um cigarro.

— Digam logo do que se trata — disse de maneira ríspida. — Não tenho o dia todo.

— Não está em condições de dar ordens aqui, Sidney — Glacia se pronunciou. — É o membro mais arrogante, indisciplinado e convencido da Elite. E sua pontualidade é deplorável.

— Fala como se eu me importasse com sua opinião, senhorita “coração de gelo”.

Glacia por um momento fechou seus olhos calmamente, e respirou fundo. Ao abri-los novamente, encarou o homem com um olhar odioso. Era uma mulher que sempre mantinha sua postura, e exatamente por este motivo sua expressão de fúria intimidava tanto. Sidney, no entanto, não parecia se importar.

Um dos homens trajados em terno se levantou de sua cadeira, e imediatamente tomou a iniciativa da conversa. Seu grupo, o Comitê Organizador da Liga Pokémon, não parecia muito satisfeito com a compostura dos membros da Elite, que deveria ser a representação do que há de melhor entre os treinadores de Hoenn.

— Antes que as discussões saiam do controle, vou começar a expor os tópicos de nossa reunião — disse o homem. — Os ginásios restantes já estão com os líderes selecionados, e serão reativados assim que iniciarmos as inscrições para a Liga deste ano. Lavaridge, Petalburg e Mossdeep são as cidades que estão recebendo líderes novos.

— Mossdeep não é a cidade de onde vem o garoto que vai desafiar o Wallace? — Questionou a menina que estava sentada ao lado de Drake.

— Phoebe, deixe-os terminar — advertiu Wallace.

O organizador da Liga, então, continuou com sua fala.

— Todos eles são promissores. O Líder de Petalburg, Norman, já tem uma idade que consideramos adequada para um líder de ginásio. É um homem adulto, e que sempre estudou bastante táticas de batalha. Ele é oriundo da região de Johto, e aparentemente teve uma carreira interessante como treinador, mesmo não tendo conquistado torneios. Ele vai manter a especialidade do ginásio com Pokémons do tipo normal.

Os membros da Elite se entreolharam. Eles pareciam concordar com a escolha de Norman para o Ginásio de Petalburg, e até mesmo tinham expressões de animação, com exceção de Sidney e Glacia, que eram um pouco mais sérios.

— Em Mossdeep teremos uma novidade. Serão dois líderes, e a ideia é promover um desafio em duplas. Tivemos essa ideia quando vimos que os grandes destaques nas avaliações eram irmãos gêmeos. Uma menina chamada Liza e um rapaz chamado Tate, mantiveram a especialidade no tipo psíquico.

— Dois líderes em um ginásio não fere o protocolo? — indagou Glacia, admitindo certa curiosidade.

— Na verdade nunca foi proibido. Não existia nenhuma cláusula nos regulamentos obrigando o ginásio a ter apenas um líder. E os exames de Tate e Liza estavam perfeitos! Era simplesmente impossível decidir qual dos dois estava mais apto a assumir como líder. É como se eles fossem a mesma pessoa...

— Vai ver eles também conseguem se comunicar com espíritos! — deduziu Phoebe alegremente.

— Garota, menos... — resmungou Sidney, fazendo com que ela se voltasse a se sentar de cara emburrada.

— Por fim — prosseguiu o organizador — temos a que parece ser a mais problemática...

— Problemática? — questionou Wallace.

— Ao contrário de Petalburg e Mossdeep, cujos ginásios não deixaram herdeiros, ou seja, seus líderes não quiseram ou tiveram a quem passá-los, o antigo líder de Lavaridge resolveu deixar o ginásio para a sua neta, Flannery.

Os Elites novamente se encararam, mas dessa vez com semblantes de preocupação. Apenas Phoebe não entendia o que estava acontecendo para que todos ficassem tão apreensivos.

— O Hermann realmente deixou o ginásio para a neta dele? — Glacia agora mantinha a mão sobre uma das bochechas. — Isso não vai dar certo...

— O que está havendo? — Phoebe perguntou, ainda confusa. — Essa menina tem algum problema?

— Essa guria é completamente biruta — disse Sidney. — Não dou duas semanas até ela atear fogo em tudo e demolir aquele ginásio.

— Pro Sidney falar que a garota é louca, é porque ela realmente extrapola os limites da sanidade — completou Drake.

— Exatamente! — Sidney então fez uma pausa, só então percebendo o que havia sido dito. — Ô! Qual foi, porra!?

Glacia resolveu tomar a iniciativa da conversa. Geralmente o membro da quarta casa da Elite atuava como braço-direito do campeão, mas Glacia, mesmo representando a terceira casa, atuava nesta posição enquanto Wallace ocupava o posto mais alto.

— Não há nada que possa ser feito com relação a isso? Não creio que esta garota esteja em condições de liderar um ginásio oficial.

— Infelizmente as regras são bem claras — respondeu um dos organizadores. — O líder tem o direito de passar o cargo para outra pessoa ao se aposentar, caso queira. O máximo que podemos é colocar alguma pessoa no ginásio para fiscalizar a Flannery nesses primeiros meses. Caso ela se mostre despreparada, podemos aplicar um treinamento, mas provavelmente o instrutor acabaria sendo um de vocês quatro, senão um dos Cérebros da Fronteira.

— Não contem comigo — Glacia afirmou prontamente. — Não vou desperdiçar meu tempo ensinando treinadores inexperientes a não fazer besteira.

— O Hermann não tem um filho especialista no tipo fogo? — Wallace perguntou. — Creio que seria uma escolha adequada.


— Sim, o Kabu, que por sinal é pai da Flannery — disse o membro do Comitê. — Mas infelizmente ele não mora mais em Hoenn. Ele já atua como líder de ginásio em Motostoke, pela Liga de Galar. Dizem que é um dos ginásios mais severos de lá. Seria ótimo ter um líder do calibre dele.


— Nós já temos líderes desse calibre — Phoebe rebateu. — Roxanne e Winona são treinadoras excelentes. Juan, Brawly e Wattson também são muito bons.


— Concordo — disse Drake. — Temos bons nomes. E tirando a Flannery, que ainda é um ponto de interrogação, esses novatos parecem que vão manter o bom nível da nossa Liga.


• • •

Um rapaz vagava por entre as árvores de um bosque. Seu olhar era rude e cansado, mostrando que provavelmente andou dormindo mal, talvez por estresse. Era jovem, aparentava ter por volta de dezessete anos, tinha cabelos negros bagunçados e seu jeito de caminhar era grosseiro, como se estivesse sempre com raiva. Ou melhor, realmente estava sempre com raiva.

Não conseguia ficar tranquilo. O vento lhe incomodava, o barulho das folhas balançando lhe incomodava, os grunhidos dos Pokémons selvagens ali perto lhe incomodava. Um misto de estorvos que só fazia seu sangue ferver cada vez mais. Lembranças caminhavam por sua mente de forma confusa, e a cada segundo seus dentes roçavam uns nos outros, ou seu punho se fechava com cada vez mais força.

Após alguns minutos, cessou a caminhada. Se viu diante de um campo aberto, porém repleto de rochas, ainda que o gramado continuasse se estendendo por toda a área. Sacou duas Pokéballs de seu cinto, e delas se revelaram dois seres de expressão igualmente rancorosa.

— Sableye, Houndour, vamos focar o treinamento de hoje no fortalecimento físico — disse, em tom seco. — Escolham uma rocha qualquer nesse campo e usem ataques físicos nelas consecutivamente até quebrá-las. Isso ajudará a desenvolver seus atributos de ataque e defesa.

Os Pokémons prontamente iniciaram o exercício passado pelo garoto, que por sua vez se sentou em um lugar próximo, onde permaneceu com a mente distraída. Sua respiração era pesada cada vez que se lembrava de fatos desagradáveis, que para piorar eram mais recentes do que pareciam. Para tentar se esquecer dos fatos colocou fones de ouvido e começou a ouvir música, na tentativa de se distrair um pouco. Em vão. O som pesado de suas bandas de metal apenas ajudava seu coração a acelerar de raiva.

Palavras rondavam sua cabeça. “Imprestável”, “fraco”, “covarde”. Cada vez mais se sentia nada além de um fardo que caiu naquele mundo por acidente. Não sabia se tinha futuro. Poderia descobrir se voltasse ao passado, mas o mesmo era um inferno do qual queria se livrar para sempre. Não sabia o que fazer. Talvez apenas “seguiria o fluxo”, à deriva nos mares da vida pelo resto de seus dias. Não socializava com ninguém, era apenas um viajante calado. Cada vez mais sentia ódio das pessoas, em especial de treinadores. Acabou se tornando um, e nem mesmo sabe o motivo. Sussurrava coisas para si próprio que só alimentavam cada vez mais sua falta de esperança.

— Uma vida de merda — falava, olhando a palma de sua mão. — E não presto nem mesmo para acabar com ela... Talvez eu seja mesmo um covarde, como ele diz.

Sua angústia só foi interrompida perto de uma hora depois, quando seus Pokémons se dirigiram a ele demonstrando sinais de desgaste, e alguns ferimentos. O rancor do menino então se tornou uma expressão compassiva, empática, quando se viu de frente com seus dois únicos companheiros.

— Eu sei como se sentem. Sei o quanto dói. Mas acreditem em mim, pois isso vai fazer vocês mais fortes, será como se possuíssem armaduras — falou, tentando demonstrar animação enquanto disfarçava seus verdadeiros sentimentos. — Vocês foram os únicos que estiveram ao meu lado, e prometi torná-los fortes para que nunca mais fizessem aquilo com vocês. Estamos juntos nessa.

O rapaz se levantou, limpando suas calças da poeira do chão onde estava sentado. Por fim, antes de seguir seu caminho, se virou para as duas pequenas criaturas.

— Seremos indestrutíveis, e então chegará a hora de devolver o terror que nos fizeram passar. E ninguém vai se atrever a entrar no nosso caminho.

FIM DO CAPÍTULO 4


  

Quais são os seus 3 tipos preferidos de Pokémon?

Art by: Shirahadori

Até mesmo quem não joga ou não assiste Pokémon sabe que eles são separados em diversos tipos, que definem as vantagens e desvantagens que cada um terá em certas condições de batalha. Cada tipo tem suas habilidades e técnicas especiais — mesmo que nem sempre exclusivas — e muitas vezes os Pokémons que a elas pertencem seguem um tipo de estereótipo com relação aos seus status-base.

Dito isso, como seria possível que não tivéssemos preferência por um tipo ou outro? Claro que o tipo preferido varia para cada pessoa, inclusive os critérios para esta escolha podem não ser os mesmos. Há quem tenha o um tipo preferido por ter Pokémons mais fortes, bonitos ou simplesmente por qualquer outro motivo!

E é exatamente por isso que esse novo tema do Hoenn Café é postado agora! Vamos dizer aqui quais são os três tipos de Pokémon que mais gostamos, mas não para por aí. Para deixar as coisas mais interessantes, faremos da seguinte forma: cada tipo que vocês escolherem deverá ter 3 exemplares, ou seja, você deverá mostrar 3 Pokémons de cada um dos tipos que forem listados em suas respostas! Para que vocês entendam melhor o que quero dizer, eu vou fazer a minha lista logo abaixo.

1 - Normal-type

Eu não sei quando exatamente eu comecei a gostar dos Pokémons do tipo normal, mas sei que hoje são os meus preferidos. Eles são terrivelmente subestimados, uma vez que são extremamente versáteis, podendo aprender ataques de vários tipos diferentes. Fora isso, muitos deles possuem status exagerados, como o Snorlax e Slaking, e podem servir como "coringas" no seu time, quando você precisa urgentemente de um Pokémon com determinado atributo para completar sua estratégia. Gosto deles também porque possuem aparências legais, em sua grande maioria.

Meowth  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White   Zangoose  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White  Tauros  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White

2 - Fire-type

Foi o meu tipo favorito por muito tempo, e apesar de hoje ocupar a segunda posição eles ainda têm meu respeito por tudo que representam em termos de força. Eles têm essa imponência, não sei explicar. Apesar das fraquezas, eles conseguem ter vantagem contra 3 tipos diferentes, o que é um ponto favorável! E eles quase sempre têm uma aparência bonita ou poderosa — isso quando não possuem ambas, como por exemplo o Arcanine e o Entei!

Ninetales  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White   Blaziken  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White   Infernape  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White

3 - Electric-type

É um tipo bem interessante, apesar de possuir algumas pequenas deficiências que podem prejudicar as suas estratégias competitivamente falando. Mesmo assim, os Pokémons do tipo elétrico são bem versáteis, quase sempre possuindo boas médias de ataques físicos ou especiais, e você quase sempre pode contar com eles quando precisa abusar da velocidade. Se forem bem treinados, certamente ocuparão lugares importantes na sua equipe.

Raichu  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White   Electabuzz  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White   Luxray  sprite from Black 2 & White 2 & Black & White
*A mão tremeu pra colocar Zapdos e Raikou, mas vamos deixar os lendários de lado!

Ainda faço uma menção honrosa ao tipo lutador (Fighting-type), o qual tem me chamado bastante atenção ultimamente. Se eu puder citar Pokémons desse tipo, eu diria que Lucario e Mienshao estão entre os preferidos do tipo. E uma curiosidade interessante: atualmente meu Pokémon preferido é o Weavile, que não se enquadra em nenhum dos tipos citados no post, hahaha! Estranho, não? Mas Pokémon sempre foi uma ciência complexa demais para entendermos 100%. Lembrando que em nenhum momento a força do Pokémon foi o critério principal para essa escolha, mas sim a maneira como os achamos legais.

E vocês? Quais são os seu 3 tipos preferidos? E os 3 Pokémons de cada tipo que você escolheria como os responsáveis por essa preferência? Estou no aguardo para saber que tipo de lista vocês vão trazer por aqui!

Hoenn Café, capítulo novo e desafio especial


Boa tarde, meus caros!

As últimas semanas têm sido corridas por conta da faculdade, mas ontem mesmo preparei com a Tsuki um cronograma para as próximas 3 semanas aqui no blog. Vou falar brevemente sobre isso e abordar os temas que vocês viram no título da postagem. Sem mais delongas, vamos lá!

Discussão do Hoenn Café

Eu cheguei a mencionar o tema, não sei se foi nas notas do autor do último capítulo, ou se eu cheguei a mencionar no próprio post de abertura do Café, mas para quem ainda não sabe o tema será sobre os 3 tipos preferidos de Pokémon de cada um. Não só isso, mas a pessoa também deverá listar 3 Pokémons para cada tipo que ela colocar na lista.

Sobre a data, o post já está pronto e a publicação do mesmo será nessa sexta-feira, dia 1º de Julho! O horário é o de sempre: meio-dia no horário de Brasília.

Preparem suas listas, porque eu creio que essa discussão vai longe!

A história

O capítulo 4 já está pronto, e o 5 está em andamento. Quero conseguir me adiantar nesse capítulo, e dependendo de como as coisas fluírem na semana que vem já tenho a definição se o capítulo 4 vai ou não estar disponível.

Desafio especial para os leitores

Agora em Julho teremos o Anime Friends 2016, evento que será realizado na cidade de São Paulo. Para este ano, a Aliança Aventuras está realizando um desafio aos leitores que estiverem presentes no evento no dia 16 — o sábado da segunda semana: eu, o Canas, a Star e a Zyky estaremos no evento, cada um portando seu Nintendo 3DS. Quem passar por perto com um 3DS e o Street Pass ligado poderá receber nossos avatares na Praça Mii. Só lembrando que tem uma cambada de gente que leva o 3DS pra lá, então boa sorte. Será que conseguem nos encontrar? ( ͡° ͜ʖ ͡°)


Bem, acho que é isso que tenho a dizer por enquanto. Desejo a todos uma boa semana, e nos vemos no Hoenn Café de sexta! õ/

Protagonistas

Art by: infinitedge2u
Ruby é um garoto que viveu a maior parte de sua vida em Violet, na região de Johto, mas aos 16 anos acabou se mudando para Hoenn quando seu pai, Norman, foi chamado para assumir o ginásio de Petalburg como líder.

Ele tem uma personalidade reservada na maior parte do tempo, e entre várias características se destaca seu gosto por organização. Lugares bagunçados o deixam nervoso a ponto de ficar mal-humorado de uma hora para a outra. É um pouco quieto, devido ao seu jeito fechado, mas isso não significa que seja anti-social. Costuma se relacionar bem com as poucas pessoas que acabam se aproximando. Resolveu se tornar coordenador, mas o motivo que o levou a essa escolha ainda não foi revelado.

Fatos sobre o personagem:

• É bastante sistemático e tem mania de organização;
• Devorador de livros;

Primeira aparição:

Capítulo 1 - Boas-vindas acidentais

Fitas:


Equipe:

  

Se há um adjetivo que certamente descreve Sapphire, este é desastrada. É uma menina gentil e com espírito aventureiro, mas sua falta de atenção pode ser preocupante. Está sempre tropeçando, caindo ou atraindo qualquer outro tipo de tragédia.

Viveu no vilarejo de Littleroot durante toda sua vida, o que a tornou uma pessoa mais conectada à natureza. Prefere o ar livre, e por vontade de conhecer a região de Hoenn decidiu largar o laboratório de Birch, seu pai, para se aventurar como treinadora, sendo que decidiu seguir por este caminho por também querer um novo objetivo em sua vida.

Fatos sobre a personagem:

• Desastrada, está sempre tropeçando e caindo por aí;
• Viciada em batatinhas;

Primeira aparição:

Capítulo 1 - Boas-vindas acidentais

Insígnias:

  

Equipe:

   



Art oficial da personagem criada por Diego Chinatsu
Miriam é uma treinadora oriunda da região de Kanto, mais precisamente da cidade de Vermilion. Já mais experiente que Ruby e Sapphire, decidiu viajar para a região de Hoenn para enfrentar a Batalha da Fronteira, uma competição de alto nível onde não são permitidos treinadores iniciantes. Trouxe consigo apenas dois Pokémons, pois seu interesse em aliar as carreiras de treinadora e criadora lhe despertou a curiosidade para conhecer as espécies que habitam a região.


Chegou a Hoenn carregando consigo um nome falso, que usava para disfarce em uma operação como estagiária da Polícia Internacional. Após a revelação de sua identidade real a menina se desligou da polícia e passou a seguir pra valer sua carreira como treinadora.

Fatos sobre a personagem:

• Fã nº 1 de Surge, líder de ginásio de Vermilion;
• Quando criança era chamada de "Miri" pelas amigas, mas poucas informações são sabidas a respeito da origem desse apelido;

Primeira aparição:

Capítulo 2 - Artimanhas do destino

Símbolos da Fronteira:

 

Equipe:

   



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