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- Capítulo 9
Postado por : ShadZ
Mar 16, 2018
Velho amigo
A
leste de Rustboro estava localizada a Rota 116, uma estrada de terra no pé da
montanha que abrigava o Túnel Rusturf, que recebia esse nome por ligar as
cidades de Rustboro e Verdanturf. Além da vista do grande morro a paisagem era
cercada por farta vegetação, o que tornava a vista ainda mais incrível. O tempo
era ótimo, um sol forte brilhava, mas o vento corria suave pelo caminho
refrescando os viajantes que lá se aventuravam.
Sapphire
descansava de sua batalha de ginásio enquanto Miriam tentava ajudar Ruby a se
entender com seu Pokémon. O menino liberou o Treecko, que tão logo saiu da
Pokéball já se virou de costas para o seu treinador. No entanto ele acabou
ficando de frente para Miriam, que o observou por um momento e deu um sorriso
tentando se aproximar dele.
— Que
bonitinho! Oi pequenino, como vai? — ela estendeu a mão, mas não obteve
resposta do lagarto.
— O que essa mina tem na ideia? Ela é doida?
— pensou Jeff olhando para ela sem entender nada.
— Os
iniciais de Hoenn são uns amores — disse Miriam. — Pelo menos o Torchic e o
Treecko. Eu ainda não vi o de água.
Sapphire
então se lembrou do Mudkip que seu pai tinha lhe dado. Ela havia prometido que
encontraria um treinador confiável para cuidar dele. E que cuidaria dele até
lá, coisa que não fez.
—
Miriam, eu tenho uma boa e uma má notícia.
— O
que aconteceu? — perguntou a garota confusa.
— A
boa notícia é que eu tenho o inicial de água comigo.
—
Sério? Isso é fantástico! — Miriam então vibrou de emoção, até se lembrar que
nem tudo seria tão bom quanto ela imaginava. — Espera, e a ruim?
Sapphire
abriu um sorriso sem graça, pois hesitava bastante para admitir seu completo
descuido.
—
Então... A má notícia é que eu esqueci que ele estava comigo. Tipo, desde que
eu e o Ruby saímos da cidade onde recebemos nossos iniciais.
Ruby
por um momento quis rir, mas logo percebeu que era tão culpado por aquela
situação quanto Sapphire. Ela podia ser descuidada por natureza, mas ele é quem
mantinha a ordem no grupo com seu senso de organização e compromisso. Não só
isso, mas ter em posse um Pokémon que estava há dias sem receber cuidados e
sequer comida era um problema muito sério.
Miriam prontamente correu até onde estavam suas coisas, abriu sua mochila e de dentro
dela sacou alguns itens com bastante pressa.
— Está
esperando o que? Libere o Pokémon logo!
Sapphire
jogou a Pokéball do Mudkip, e quando ele se materializou estava deitado no
chão, imóvel e com as patas para cima. Não esboçava nenhuma reação. Os três
jovens observavam a pequena criatura com um misto de preocupação e nojo, já
assumindo que o pior havia acontecido.
—
Então... — Ruby resolveu quebrar o silêncio. — Morreu?
Miriam aproximou-se cuidadosamente do Mudkip, e tentou tocá-lo com um graveto.
—
Waaaaaaaaaaah — o Pokémon repentinamente grunhiu.
—
DIVINO ARCEUS QUE ME PROTEGE DO PERIGO! — a garota jogou o graveto para cima e
correu para trás de Ruby.
— Acho
que está vivo... — disse o garoto enquanto tentava soltar seus ombros das mãos
de Miriam.
Sapphire
rapidamente providenciou água para a criaturinha. Miriam revirou a sua mochila
procurando por ração, e assim conseguiram alimentar o pequeno anfíbio antes que
a situação se agravasse.
Além
de Jeff, Dan e Olivia estavam fora das Pokéballs de seus treinadores. O Torchic
permanecia isolado, e não dava muita ideia por mais que Olivia tentasse alguma
aproximação.
—
Relaxa, doçura — o Treecko a envolveu em um de seus braços. — Esse mané é meio
biruta das ideias! Vem dar uma volta com o Jeff que eu garanto sucesso.
— Dan,
me ajuda...
Dan
respirou fundo, já sem paciência, e resolveu dar fim àquele incômodo.
—
Olivia, não enche. E você — ele então voltou sua atenção para Jeff. — Deixa ela
em paz.
Dan
caminhou para outro lugar, largando os dois Pokémons de planta sem entender
nada.
— Vai
entender, bicho temperamental — Jeff sussurrou.
Após
estabilizar a situação de Mudkip, Miriam também resolveu liberar os Pokémons
que tinha consigo. Ruby e Sapphire se surpreenderam ao ver uma enorme
Nidoqueen, que tinha junto consigo um Venomoth. Eram as formas finais de suas
linhas evolutivas, o que confirmava que Miriam era uma treinadora mais
experiente. Os dois, no entanto, apenas se isolaram dos demais, ficando juntos
em outro canto da área.
— São
um pouco fechados no começo, mas conforme forem conhecendo vocês melhor eles
vão ficar mais à vontade — disse Miriam enquanto terminava de guardar suas
coisas.
Miriam então caminhou até o Mudkip e o virou novamente com a barriga para cima. Ruby e
Sapphire não entenderam a atitude estranha da menina, até que ela segurou as
patas traseiras do Pokémon aquático.
—
Espera um minuto — disse Ruby já fazendo uma expressão de desgosto. — O que
você pensa que está fazendo?
— Já
disse que tenho o objetivo de conciliar as carreiras de treinadora e criadora? Pois
bem, estou fazendo meu trabalho.
Miriam abriu vagarosamente as patas do Pokémon, deixando seus dois companheiros de
viagem perplexos com a cena.
— Você
é doente por acaso? — Sapphire indagou de forma desesperada.
—
Doente eu não sou não, mas olha só. Esse Mudkip é menina!
— Que
constrangimento! — Ruby bateu na própria testa.
—
Relaxa, gente! Eu só queria saber o sexo dela. O que vocês pensaram que eu ia
fazer?
— A
gente pode mudar de assunto? — Sapphire quase implorava.
Art by: ZandraArt |
Sapphire
então ouviu algo se mexendo por trás dos arbustos. Imediatamente ela chamou
Olivia para perto de si, e caminhou devagar para averiguar a fonte daquela
movimentação. Ela se afastou de Ruby e Miriam, e quando chegou perto do lugar de
onde vinha o som, se deparou com uma criatura peculiar.
Era um
pequeno ser quadrúpede, com bastante pelos. Sua coloração era marrom por todo o
corpo exceto a ponta da cauda e em volta do pescoço, que possuíam uma coloração
mais próxima a creme. Suas orelhas eram compridas e estavam erguidas, sinal de
que a criatura estava tentando prestar atenção em algo.
— Quem
diria que eu ia encontrar um Eevee logo aqui? — Sapphire sorriu e logo fez um
sinal para sua Shroomish se preparar para entrar em combate. — Parece que hoje
é o meu dia de sorte!
Sapphire
então se mostrou para o pequeno Pokémon, mas foi surpreendida ao ver que na mesma
hora um garoto da sua faixa de idade apareceu do outro lado. Ele possuía um
aspecto frágil, e não parecia ser grande coisa. Seus cabelos verdes eram um
pouco bagunçados, e suas roupas eram bem fechadas, o que fazia a menina se
perguntar como ele não sofria com o calor de Hoenn.
O
menino não demorou muito a perceber que Sapphire tinha a intenção de pegar o
Eevee para ela, e logo entrou em desespero.
— Por
favor, me deixe explicar! — ele chamou sua atenção. — Eu sei que o Eevee é um
Pokémon raro, e você está tentando capturar, mas eu estou perseguindo ele desde
o começo da rota! Eu sou um treinador novato, e ainda estou tentando montar o
meu time para enfrentar o meu primeiro ginásio...
Enquanto
se encaravam os dois sequer notaram que o Eevee havia sumido de vista. Sapphire
sequer sabia o que dizer naquela situação, pois nunca imaginou que um dia
tivesse que lidar com algo parecido. Foi salva de ter que improvisar uma frase
quando Ruby e Miriam chegaram logo atrás.
—
Sapphire, o que aconte... — Ruby interrompeu a própria fala ao se surpreender
com o garoto a sua frente — Wally?
—
Ruby, que bom ver você! — o menino correu para cumprimentar o moreno. — Quem
diria que eu ia encontrar você aqui?
Miriam e Sapphire observavam a cena curiosas, e olhavam para Ruby como quem esperava
uma explicação. Sentindo que não tinha escolha, o garoto resolveu apresentá-las ao seu conhecido.
—
Meninas, este é o Wally. Um amigo meu de lá de Johto. Mas ele já mora aqui em
Hoenn há um bom tempo — ele se virou para o menino, e resolveu ignorar o fato
de que ele parecia ligeiramente desconfortável. — Wally, estas são Sapphire e
Miriam, duas treinadoras que conheci há pouco tempo e que estão viajando junto
comigo.
As
meninas o cumprimentaram, e Wally apenas acenou com a cabeça de forma tímida.
Antes que o menino pudesse dizer algo, ele olhou a sua volta, dando por falta
de algo.
— Onde
foi parar aquele Eevee?
• • •
Drake
estava em sua sala no prédio da Elite, verificando alguns documentos sem tirar
os olhos do mesmo. O retrato na parede trazia de volta tempos antigos, onde ele
ainda jovem posava ao lado de seus Pokémons segurando um troféu. Lembrava com
satisfação daqueles tempos, e agora apenas contava os dias para se aposentar.
Queria terminar a sua carreira por cima, mantendo seu renome como um dos
treinadores mais temidos de Hoenn.
Despertou
de seu transe ao ouvir batidas na porta. As pessoas que lá trabalhavam sabiam
que o velho não gostava de ser incomodado, logo ele imaginou que poderia ser
algo importante.
—
Entre.
Da
porta surgiu Wallace, o que imediatamente fez Drake se levantar de onde estava
sentado para prestar o devido cumprimento.
— Não
precisa disso tudo, Drake — explicou Wallace. — Por que não me trata com menos
formalidade?
—
Porque um tratamento tão íntimo não combina com o cargo que o senhor ocupa.
—
Sinceramente, você gostava de ser tratado como um ser superior quando era o
Campeão?
Drake
fez um breve silêncio. Parecia não ter como contra-argumentar Wallace. O homem
então caminhou de volta ao local onde estava, se sentou e colocou os pés
cruzados acima da mesa. Abriu uma garrafa de licor e lá ficou.
— Eu
odiava essa porcaria — ele então abaixou a aba de seu chapéu, de forma que seus
olhos não pudessem mais ser vistos.
— Eu
prefiro você assim — disse Wallace. — Apesar de eu não achar adequado beber no
trabalho...
— Bom,
nada é perfeito.
Wallace
apenas riu. Drake podia não ter os melhores modos, mas era um homem bastante
competente, e sua lealdade à Elite era inquestionável. Mas o Campeão logo mudou
sua expressão para uma mais séria.
— O
que eu vim falar com você é um assunto um pouco delicado. É uma tarefa que eu
preciso que você faça.
— Não
pode ser outro membro? — o velho questionou.
—
Acredito que isso é mais do seu interesse.
Drake
decidiu deixar o desleixo de lado, e se acertou em sua cadeira para ouvir com
mais atenção o que Wallace tinha a dizer. O mais jovem jogou para trás seus
cabelos azulados e explicou a situação.
—
Recebi um contato dos draconids. A líder da tribo me informou que a Guardiã
desapareceu, e que provavelmente isso está mais para uma fuga do que um
sequestro.
— Como
assim? — Drake se levantou de imediato, batendo suas mãos com força na mesa. —
O que essa garota tem na cabeça pra fazer isso?
— Eu
não sei, mas isso pode se tornar um problema muito sério se não for resolvido
logo. Eu sei que você tem um passado com os draconids, então por isso eu pensei
que você estaria mais apto a realizar essa tarefa, que é buscar a Guardiã e
levá-la de volta em segurança para sua tribo.
Drake
massageava as têmporas de forma agressiva. Era visível a condição de estresse
sob o qual havia se colocado. Apesar de já ter ouvido histórias de uma herdeira
do posto de Guardião desobediente, não imaginava que a situação pudesse chegar
a um ponto tão crítico.
— Com
certeza não foi sequestro. Essa garota tem um parafuso a menos.
— Vai
atrás dela? — perguntou Wallace.
— E
que escolha eu tenho? Não posso deixar essa menina andando por aí. Ela deve
ficar com os draconids, ou pode haver um desequilíbrio na ordem natural das
coisas. Quando o garoto que venceu a Liga vem nos desafiar?
— Na
sexta-feira.
—
Então diga aos draconids para aguardarem até lá. Assim que resolvermos esse
problema eu vou iniciar as buscas.
• • •
O trio
estava sentado no mesmo local de antes, mas agora acompanhados por Wally. O
menino fazia diversas perguntas a Ruby, ao mesmo tempo que explicava o que
mudou desde que chegou a Hoenn. Há muito tempo não se viam, e ele queria
colocar a conversa em dia.
— Me
diz uma coisa — Ruby agora mantinha um tom de preocupação. — Como sua família
deixou você sair em uma jornada, e sozinho ainda por cima? Porque você sabe...
— Se
está falando da minha asma, eu já consegui me tratar. Óbvio que ainda não tenho
tanta saúde quanto outras pessoas por conta do tempo que levei me tratando, mas
hoje eu estou livre de riscos.
Wally
então tirou uma Pokéball de seu bolso e a acionou, revelando uma pequena
criatura que ele trazia consigo. Era um Ralts, Pokémon nativo da região de
Hoenn, porém encontrado em outros lugares.
—
Estive em Petalburg para te visitar quando soube que havia vindo pra cá, mas
seu pai me disse que você já havia partido dois dias antes. Ele me ajudou a
capturar este Ralts e fazer dele meu primeiro Pokémon, já que o laboratório de
Littleroot estava sem nenhum que pudesse ser entregue a um treinador iniciante.
— Ele
parece ser interessante — Ruby analisava o pequeno Pokémon de cima a baixo,
estudando cada detalhe.
— Ele
é bem calmo, mas tem algumas habilidades interessantes. É do tipo psíquico.
— Mas
você pegou a sua licença de treinador? — Sapphire questionou. — Sem ela você
não pode reservar quartos de graça no Centro Pokémon, por exemplo.
— Sim,
como eu já tinha o Ralts comigo o tio Norman me levou até o laboratório para
tirar a licença. Lá eles me falaram sobre você também. Disseram que tinha
partido junto com o Ruby.
— Está
mais para o contrário — disse o coordenador expressando lamentação. — A ideia
foi dela.
— Mas
você queria, do contrário não teria aceitado — Sapphire rebateu.
— Bem
Wally, eu fico feliz que já esteja curado — Ruby tornou a falar. — Mas mesmo
assim, tente não forçar muito as coisas. Pelo menos no início.
O
garoto acenou positivamente com a cabeça, enquanto dava um sorriso sincero.
Wally compreendia que seu amigo estava preocupado, embora ele jamais admitisse
isso.
—
Agora uma coisa que me deixou curiosa foi o fato de você estar perseguindo um
Eevee — comentou Miriam. — Até onde eu sabia eles não habitavam Hoenn.
— O
fluxo migratório de treinadores de várias regiões tem aumentado nos últimos
anos — Sapphire explicava, tomando para si a atenção dos três. — Da mesma forma
que muitos treinadores daqui saem para disputar as ligas de outras regiões,
muitas pessoas de longe estão vindo competir na Liga de Hoenn. Devido a isso
algumas espécies de outros lugares acabaram proliferando por aqui. Há dez anos
realmente não existiam Eevees em Hoenn, hoje eles são bem comuns nessa rota.
— Eu
ouvi falar nisso — disse Wally. — De qualquer forma eu ainda não desisti dele.
Só tenho o Ralts por enquanto, e preciso montar uma equipe forte para começar a
coletar minhas insígnias.
Sapphire
ao ouvir aquilo ficou animada. Já conseguia imaginar Wally como futuro
adversário na Liga Pokémon.
— Quer
dizer que vai competir na Liga então?
— Sim,
estou em Rustboro para enfrentar o ginásio da Roxanne e conseguir minha
primeira insígnia — disse o menino.
Sapphire
sorriu disfarçadamente, caminhou até sua mochila e de lá tirou seu estojo de
insígnias. Abriu o objeto e mostrou a Insígnia da Pedra que havia conquistado.
— Isso
aqui é uma lembrancinha de quando fui ao ginásio ontem — a garota estufava o
peito orgulhosa.
— Uau,
então você já conseguiu derrotar a Roxanne? — Wally estava maravilhado, não
tirava os olhos daquela insígnia brilhante. — Sapphire, você parece ser uma
treinadora incrível.
— Ah,
isso não foi nada!
— Essa
garota precisa de um chá de humildade — Ruby resmungou, fazendo Miriam rir.
A
conversa se estendeu por mais alguns minutos, quando Wally se levantou e pegou
suas coisas.
—
Preciso voltar a procurar aquele Eevee. Mas se vocês estiverem hospedados no
Centro Pokémon nós podemos nos ver mais tarde. Boa sorte no treinamento de
vocês.
Wally
se despediu dos três viajantes e voltou para dentro da mata a procura do
Pokémon que havia escapado. Sapphire voltou a se recostar no tronco de alguma
árvore para aproveitar o seu dia de folga, enquanto Miriam e Ruby começavam a
acertar os problemas que o menino possuía para que ele pudesse iniciar seus
treinamentos para o contest que aconteceria em poucos dias.
O
garoto se colocou frente a frente com seu Treecko, que não parecia muito
animado para interagir naquele momento. Ruby olhou para Miriam, que acenou de
forma positiva, e então voltou sua atenção para o pequeno réptil, estendendo a
mão para ele.
— Sei
que não começamos muito bem, e eu ainda não sei o motivo, mas estou disposto a
conhecer você melhor para que possamos entender melhor um ao outro. O que me
diz?
Jeff
observou seu treinador por um breve momento, até que cedeu e apertou a mão dele
com sua pata dianteira, indicando uma breve trégua.
—
Ótimo, parece que temos um começo — afirmou Miriam. — Me diz uma coisa, você só
tem o Treecko mesmo?
— Sim,
apenas ele.
—
Então acho que está na hora de ampliar sua equipe.
Os
dois começaram a procurar algum Pokémon que pudesse se encaixar na equipe de
Ruby. Eles foram para dentro das árvores, tendo que encarar a grama cuja altura
batia em suas cinturas. O garoto estava bastante desconfortável com aquela situação,
pois temia que pudesse ser atacado por alguma criatura mais agressiva.
— E se
tiver algum Pokémon venenoso esperando para dar o bote?
— Não
existem Pokémons venenosos nessa rota, seu fresco! — Sapphire berrou da beira
da estrada. — Agora vai logo fazer o seu trabalho e completa esse time!
— Não
foi ela que disse que não existiam Eevees aqui antes? E agora existem! — o
garoto resmungava. — Eu não tenho plano de saúde, quero ver o que ela vai fazer
pra poder pagar minha internação.
— Fica
calmo, Ruby — Miriam tentava passar segurança ao amigo. — Eu sei como lidar com
essa mata mais fechada. Não vou deixar nada de ruim acontecer, confia em mim.
Ainda
contrariado Ruby deu a mão a Miriam, que o puxou para dentro dos arbustos.
Sutilmente a menina deixou que o amigo caminhasse na frente enquanto ela
segurava um galho quebrado. Com um sorriso maligno a garota passou levemente a
ponta do objeto entre as pernas do menino, que deu o berro mais alto que podia,
se agarrando à primeira árvore que apareceu em sua frente.
—
MIRIAM, ALGUMA COISA PASSOU ENTRE AS MINHAS PERNAS! — ele estava em pânico,
agarrando a árvore com força como se fosse sua própria mãe.
A
menina então começou a rir, e logo mostrou o objeto que segurava. Ruby ficou
vermelho, tanto de vergonha como de raiva, arrancou o galho da mão da amiga e o
quebrou com o joelho.
—
Muito engraçado! Vocês não amadurecem mesmo!
—
Desculpa, não deu pra evitar! — disse a garota enquanto gargalhava com a cena.
— Você
vai me ajudar ou não?
— Ok,
ok, não precisa de tanto estresse!
Poucos
passos foram dados para a frente, até que Ruby parou de forma brusca e se virou
para Miriam esbravejando novamente.
— Eu
já falei pra parar!
Miriam com uma expressão confusa em seu rosto apenas levantou os braços, mostrando que
não havia mais nada em suas mãos, no mesmo momento em que o garoto sentiu
novamente algo se arrastando entre suas pernas.
Ao
notar que a menina não tinha culpa de nada, Ruby correu desesperado de volta
para a estrada, dando berros de socorro que assustaram Sapphire. Miriam veio
logo atrás, também preocupada com o que poderia haver ali.
— O
que aconteceu? — Sapphire se levantou com o susto.
—
Alguma coisa realmente passou pelas minhas pernas! — Ruby berrava enquanto se
escondia atrás da amiga.
— O
que aconteceu? — Miriam saiu dos arbustos preocupada. — Ruby, se isso for
alguma vingancinha sua eu vou te dar uma surra!
— Eu
não estou brincando, droga! Passou algum bicho perto de mim, eu tenho certeza!
Logo
atrás dos dois surgiu um pequeno Pokémon felino, de pelagem rosada e um sorriso
travesso. A criatura correu para perto de Ruby e começou a se esfregar nas
pernas do garoto, acariciando-o.
—
Nossa, que monstro — disse Sapphire com tom de ironia, enquanto Miriam tentava
segurar o riso. — Esse aí com certeza deve ser venenoso. Chamem as autoridades!
Ruby
caminhou para o outro lado da estrada, mas o pequeno Pokémon o seguia. Não
importa aonde fosse, não conseguia se livrar da criaturinha inconveniente. Já
estava prestes a perder a paciência.
— O
que eu faço?
—
Aceite o seu destino, agora você é a mamãe desse Skitty — Sapphire se
satisfazia a cada oportunidade de zombar do garoto.
—
Skitty, é? — Ruby agora olhava o pequeno ser de cima, sendo encarado de volta.
O
garoto pegou o Pokémon e o ergueu sobre sua cabeça. Ficava olhando a cara
travessa que sorria para ele, e logo sorriu de volta.
— Até
que você é uma fofura. Vai ser uma grande estrela de contests!
— Vai
ficar com ele? — indagou Sapphire.
— Ela
— Miriam interrompeu a conversa, ajeitando os óculos. — É menina.
— Miriam,
você já cogitou se internar em um hospício? — Ruby agora a olhava com cara de
nojo, ignorando os argumentos dela de que aquilo era "ciência". —
Sim, eu acho que vou ficar com ela.
O
garoto paparicava bastante a pequena Skitty, causando surpresa nas meninas.
Afinal, ainda não o tinham visto se dando tão bem com um Pokémon antes. Era
provável que a vitória de Sapphire no ginásio de Rustboro tivesse causado algum
impacto nele, o deixando motivado a melhorar também.
—
Notou algo de diferente nele? — Sapphire perguntou.
— Sim,
e acho que podemos tirar proveito disso — Miriam sorria ao analisar o afeto
quase instantâneo do menino com sua nova companheira. — Podemos usar essa
personalidade mais aberta da Skitty para criar uma ponte entre o Ruby e o
Treecko.
— Acha
que ela e o Treecko vão se dar bem?
—
Acredito que sim.
Começava
a entardecer quando resolveram voltar para Rustboro. Ruby teve um primeiro dia
de treinos voltado para construir uma relação inicial com seu time,
especialmente no sentido de eliminar a desconfiança que havia entre ele e o
Treecko. Miriam o auxiliava, passando sua experiência como treinadora para que
ele pudesse entender que tipo de abordagem funcionaria melhor em cada situação.
Ao
chegar ao Centro Pokémon os três entregaram seus Pokémons aos cuidados da
enfermaria, e subiram para os quartos que haviam reservado. Após um banho
revigorante Ruby desceu até o refeitório do local, enquanto as meninas ainda se
arrumavam. Já era noite quando chegou ao saguão. Wally estava entrando naquele
exato momento.
— Boa
noite, Ruby.
— Boa
noite — ele respondeu com um aceno. — Como foi o treinamento durante a tarde?
— Foi
muito proveitoso. Sinto que estou quase preparado para enfrentar o ginásio.
Ainda vou ter que ficar na cidade mais uma semana, pois perdi a última prova de
seleção. Mas pelo menos já consegui ampliar a minha equipe, e estamos começando
a nos entender melhor.
Wally
sacou uma Pokéball dos bolsos e a mostrou para Ruby. Era o Eevee que ele havia
passado o dia procurando. Tinha conseguido a captura já no final do dia, mas
estava feliz por ter sido um bom treinamento de resistência para o menino e seu
Ralts.
— Já
tem em mente para qual evolução você vai treiná-lo?
—
Ainda não. Prefiro que seja algo para eu e ele decidirmos juntos. Mas tenho
certeza de que vamos chegar a um consenso. Até porque eu vou dar prioridade à
vontade dele. Meu dever como treinador é adaptar o time para que todos os
membros se sintam confortáveis para batalhar do jeito que gostam.
Aquelas
palavras ficaram presas na cabeça de Ruby. Wally tinha razão. Talvez a melhor
coisa que pudesse fazer era dar aos seus Pokémons a liberdade de se
expressarem, e tentar desenvolver as estratégias de acordo com suas
preferências. Era o que Miriam vinha dizendo a ele há algum tempo, mas ainda não
tinha assimilado essa necessidade. Se der ouvidos aos seus companheiros de
equipe, pode ser que o oposto também começasse a acontecer.
—
Wally, graças a você eu acho que comecei a entender algumas coisas que estavam
me causando dúvidas — Ruby colocou as mãos nos ombros do amigo, mostrando um
brilho confiante em seus olhos. — Talvez agora eu tenha a solução para meu
maior problema!
—
Bom... De nada, eu acho...
O
garoto desejou boa noite ao seu amigo e caminhou de volta para seu quarto. Lá
chegando, pegou de dentro de sua mochila um caderno onde começou a fazer
algumas anotações. Assim ficou até tarde da noite, quando caiu no sono sem ao
menos preparar a cama para dormir.
E
assim passou o resto da noite, abraçado ao caderno e com um sorriso triunfante
no rosto, como quem agora tinha respostas que poderiam ditar o início de uma
escalada que só poderia dar bons frutos no futuro. Ruby agora sabia bem o que
fazer, e só precisava dali em diante encontrar a melhor maneira de fazer
aqueles pensamentos se tornarem realidade.
Ele só
precisava trabalhar para tornar a vitória possível. Estava começando a
descobrir como pensar como um coordenador. Dali em diante seria aliar essas
ideias a trabalho duro para obter sucesso. O contest que se aproximava já não
era tão assustador quanto antes.
FIM DO CAPÍTULO 9
AAAAAAAAAAAAAA
ReplyDeleteGostei do Capitulo (como sempre)
Não tenho mais nada para comentar, acho eu...
Só avisando que já li (aviso inútil, mas melhor que não comentar nada) :v
<3 obrigado pelo seu tempo gasto lendo este comentário chato
Não precisa se preocupar em fazer comentários imensos. Claro que eu curto receber esses, mas o mais importante é o pessoal lendo e dando o feedback para eu poder ver como a história está andando.
DeleteFico feliz que esteja gostando. Agora daremos uma pausa na história, mas assim que ela voltar você ficará sabendo lá pelo grupo. :)
Até breve! õ7
"— Vai ficar com ele? — indagou Sapphire.
ReplyDelete— Ela — Camila interrompeu a conversa, ajeitando os óculos. — É menina.
— Camila, você já cogitou se internar em um hospício? — Ruby agora a olhava com cara de nojo, ignorando os argumentos dela de que aquilo era "ciência"."
A Camila é a melhor personagem da Aliança SIM! Rainha da Aliança!
Meu, que capítulo maravilhoso! Tudo equilibradinho, a necessidade do treinamento, novas capturas, a apresentação de um rival... Tudo dosado, da maneira certa! Sem falar, claro, nas primeiras movimentações da Elite 4 de Hoenn, que é uma das mais maravilhosas dos jogos! Fico contente de que AeH tem prosseguido dessa maneira, sem pressa pra caminhar a história e trabalhando tão bem os personagens. Que você poste logo o 10, porque quero MUITO continuar me deliciando nessa jornada. O ruim de acompanhar semanalmente/quinzenalmente é a espera até o próximo update da jornada, ainda mais quando você vive ansioso! Kkkk
Continue com o excelente trabalho!!!
See ya!
A Camila é uma personagem amável, apesar das suas loucuras. Eu gosto muito quando os leitores mostram carinho por ela, porque realmente é uma personagem muito especial, mas que nem sempre recebeu a atenção que merecia — e eu digo isso de minha parte mesmo.
DeleteEsse foi mais um capítulo para ligar dois pontos distintos do arco de Rustboro. Fechamos a batalha de ginásio, e agora damos início ao contest do Ruby. E uma boa maneira de fazer isso foi dando atenção à necessidade dele treinar, até porque ele ainda está muito atrás da Sapphire e da Camila, e o desafio dele se aproxima. É hora de correr atrás!
Também estou ansioso para começar a escrever o capítulo 10, mas de segunda que vem não passa. Vou tentar ser paciente até lá.
Valeu pela presença aqui, meu parceiro! A gente vai se falando.
Bem que você comentou que pensava que eu já tivesse lido esse capítulo, eu li só o comecinho da cena do Mudkip morrendo kkkkk Ficou muito comédia! Cara, é a primeira vez que vejo um Criador Pokémon que realmente ATUA como um criador. Foi no mínimo cômico imaginar a Camila examinando os Pokémon porque você também explora a visão deles, então imagina como seria se ela tivesse tentado com o Dan ou Jeff HAHA
ReplyDeleteWally sempre escolhendo as palavras certas. Quero ver se você vai torná-lo aquele oponente à altura da Sapphire para a Liga, porque ele é um dos poucos rivais que levei anos para me tocar que era um... rival kkkkk Mas vai ser bacana, ele tem um entrosamento mais forte com o Ruby do que a Sapphire, por isso é sempre interessante vê-lo dando as caras no grupo. Por sinal, uma Skitty apaixonada será uma excelente adição para o time kkk Gosto de capítulos que seguem esse ritmo mais tranquilo, suas descrições e momentos inusitados com um pouco de humor continuam ótimos. Agora força que esse Capítulo 10 precisa sair! :D
É verdade! Acho que foi por isso mesmo que eu tive essa impressão. A Camila faz tudo pela ciência! Mas de fato, se tivesse sido o Dan ou o Jeff nessa história as coisas iriam terminar de uma maneira bem mais... Como posso dizer? Emocionante?
DeleteTrabalhar com o Wally sempre me pareceu complicado, mas eu com certeza vou tentar torná-lo um personagem mais presente na história. Tanto que tem aquele detalhe que você e o Dento sabem, mas o pessoal só vai descobrir no próximo capítulo!
Skitty é o símbolo de fofura da terceira geração! Não tem como passar despercebida. Mas vamos ver se essa paixonite dela pelo Ruby não acaba atrapalhando os planos dele nos contests, não é mesmo?
Capítulos tranquilos também me agradam, ainda mais depois da adrenalina da batalha no ginásio da Roxanne! Depois de tanta apreensão, achei que era válido um descanso pra Sapphire e um momento mais voltado para o Ruby.
Pode deixar que esse 10 vai sair! Quero sentir de novo aquela sensação de completar as dezenas de capítulos!
Cara, já é a terceira vez que tento comentar,espero que não falhe.
ReplyDeleteTô gostando desse desenvolvimento, a entrada de Wally aqui trouxe bons ares e Ruby baixando a cristã para pedir ajuda a Camila foi ótimo de ver.
Por enquanto está muito agradável de ver o desenvolvimento, e espero que fique cada vez melhor!
Eu entendo bem como é fazer um comentário inteiro pra depois dar erro no envio. Por isso eu sempre tomo a precaução de copiá-los antes de publicar. Pelo menos assim eu não passo raiva kkkkk
DeleteWally vai ser um personagem interessante nessa história. Vai ser um ótimo motivador tanto para o Ruby quanto para a Sapphire, já que eles também serão rivais na Liga.
Ruby já começa a se preparar para o contest do próximo capítulo. Não sei se vai adiantar algo, porque ele começou a treinar muito tarde, mas uma hora ele ia ter que começar.
Até a próxima!
Oi Shadow!
ReplyDeleteTenho que confessar que este foi um dos meus capítulos preferidos! Apesar de simples, sinto que houveram momentos muito importantes: tivemos a primeira captura de Ruby, o primeiro aparecimento de Wally, a Camila a ajudar Ruby e este a desenvolver um melhor relacionamento com os seus pokemon!
Simplicidade. Acho que foi isso que mais gostei neste capítulo. Nada de grandes combates nem descrições muito detalhadas. Um grupo de amigos a conversar, trocar ideias, a ajudarem-se uns aos outros. That's bootiful :')
Sinceramente, estou num mood em que se a fic fosse um livre ou jã tivessem disponíveis todos os capítulos até ao fim, devoraria num instante!
Continue assim Shadow! :D
Foi um capítulo feito para ser uma ligação entre a batalha de ginásio da Sapphire e o contest do Ruby mesmo. Não queria que um evento acontecesse imediatamente após o outro, pois isso acabaria deixando a história muito corrida. Então aproveitei a brecha para incluir novos personagens, como o Wally e a Skitty do Ruby, que vocês vão conhecer melhor em breve.
DeleteNão vai sair um livro de AEH, mas que dava pra fazer um contando meus anos trabalhando com essa história dava kkkkk Eu já comentei isso com outros membros do grupo, mas eu fico impressionado com essa sua habilidade de maratonar os capítulos das histórias! Você já fez isso em Johto anteriormente, depois em Kalos, e agora em Hoenn! Eu queria ter essa capacidade, ia tirar os atrasos das histórias que eu leio rapidinho kkkk
Yo Shadow-kun
ReplyDeleteEpisódio focado no Ruby e seu time :3,e teve Wallllllly,e foi bem cedo a aparição dele,ou será que não foi?Não sei,faz tempo que não jogo alguma região de Hoenn,produção me ajuda(faz tempo também que eu não uso a piada da produção também,eu adoro essa piada :v)
Cara gostei da atmosfera do capítulo,algo mais calmo depois de uma batalha é bom pra relaxar e curtir a leitura sem ter aquela ansiedade sobre quem vai vencer,pelo menos em minha desumilde opinião
Eu adoro a personalidade do Ruby,mesmo que o coitado só seja zoado,mas ele merece também,você sai em uma jornada e não tá afim de passar em uns matinhos é falta de noção
Cara essa cena da Camila foi genial,principalmente a reação deles com isso,ela só chega e vai abrindo as pernas dos mons assim sem mais nem menos,nem chamou pra um jantar,não perguntou nem o nome delas,como assim?Cadê o respeito?
É divertido ver essa relação dela com o Ruby,eles se dão bem mesmo sendo muito diferentes e isso é bacana,chegando a ser fofo ele envergonhado
A skitty é uma ótima adição pro time,ela é fofa e animada,o oposto do Jeff então vai ser divertido ver a relação deles,e ela é uma ótima adição pro time também
E agora essa idéia do Ruby no final tá com cara de plano infalível não sei se o Jeff vai cooperar com ele,mas talvez ele consiga.
Nos jogos o Wally aparece logo em Petalburg, mas é um evento bem rápido kkkk Mesmo assim foi algo que eu resolvi transferir para esse ponto da história até pra não enrolar muito o arco inicial. Ainda veremos muito mais do Wally, fique atento. ;)
DeleteMas sim, foi um capítulo mais focado no Ruby. O contest dele está chegando, então ele precisa se preparar, não é? Até pra ajudá-lo veio a Skitty, que pra contests vai ser uma ótima opção no time dele a partir de hoje.
A Camila faz tudo pelo bem da ciência, os ignorantes que não valorizam isso.
Valeu pelo comentário aqui também, cara! Até mais!
Olá Shadow!
ReplyDelete...Túnel Rusturf, que recebia esse nome por ligar as cidades de Rustboro e Verdanturf... Hum... :Pombo: Mano nunca tinha reparado isso kkkkk
Pobre Mudkeep, essa Sappppphire não tem jeito mesmo, ainda bem que o sapo sobreviveu, meu coração não iria suportar ver esse lindinho falecer.
Óia Mano, mas num é que finalmente apareceu o Wally, estava me perguntando se vc iria utilizar esse carinha, que bom que irá, esse rapaz achando ralts de prima naquela rota sempre me irritou muito, mano como eu gosto de treinar Ralts, mas essa porcaria nunca aparece kkkkkk
Que fofa aquela gata, Ruby deu muita sorte de achar ela, esse carinha nunca iria conseguir capturar um pokémon por batalha, ainda bem que a Skitty é das bacanas e aceitou ser dele na hora!
Drake é ex-campeão!!! Wow aí sim, adoro ver essas explorações de mundo, ver esses detalhes dão tanta vida para a fic.
Acho que é isso Shadow
Até o próximo capítulo!
Pior que é um detalhe que a gente só percebe depois de um tempo, por mais óbvio que pareça o nome kkkkkkkkkk
DeleteSapphire quase mata o bicho de fome. E isso depois de ter se mostrado uma pessoa com potencial pra criadora Pokémon. Lamentável.
Wally é um personagem que eu tenho certeza que se não aparecesse ia ter gente ameaçando incendiar minha casa kkkkkkkkkk O povo cobra muito a participação dele, e por isso ele tem um papel bem especial nessa história. No próximo capítulo você vai entender o que eu quero dizer.
Skitty pra mim é uma adição perfeita à equipe do Ruby. Ela é o tipo de Pokémon que parece que nasceu pra Contests! E com certeza vai ser uma das principais estrelas da equipe dele.
Cara, de todos os personagens da Elite o Drake é o que tem o background mais profundo! Esse cara tem bastante história, e pretendo trazer mais sobre o passado dele, como era a Hoenn com ele de Campeão e outras coisas interessantes. Ele é meu personagem favorito da Liga, então espero poder trazer algo legal com ele. Mas todos os Elites vão ter seus momentos particulares também.
Até a próxima! õ/
Yo, Shadow!
ReplyDeletePrimeira vez vindo aqui na maior cara de pau e já comentar. Amei demais esse capítulo. A Camila, ela, ai, eu amo essa menina demais ela já chega e já mostra dois Pokémon fodelões como Nidoqueen e Venomoth, essa guria não brinca em serviço e ainda por cima soube ver o sexo da Mudkip certinho, que ícone essa menina, já amo de montão.
E o Wally, que toquinho de gente, já saindo por aí para capturar Pokémon e tudo mais, também amo demais esse guri. Quero ver mais ele nos capítulos futuros e veja só, já temos a primeira captura do Brendan, o/a Skitty, que fofinho gente AaAaAAaaaaAAA.
Agora bora pro próximo cap ler.
Diga, Leucro! Que bom ter você por aqui :)
DeleteA Camila já é uma treinadora mais experiente que a dupla que iniciou a história. Até porque ela vem a Hoenn para disputar a Batalha da Fronteira, que exige bem mais capacidade do que os desafios de ginásio. Nidoqueen e Venomoth são dois Pokémons que eu achei que ficariam interessantes na equipe dela, até porque eu não os vejo sendo muito usados em fics, pelo menos não como membros das equipes protagonistas. E acho que o tipo venenoso combina com a personagem que tem seus mistérios. Ah, mas isso você só vai ver mais pra frente. :v
Muita gente me cobrou a aparição do Wally no primeiro arco. Demorou, mas aí está ele! E no próximo capítulo a gente ainda consegue descobrir um pouco mais sobre os objetivos dele.
Valeu pela presença, mano! Até a próxima! õ/